Crocs cor-de-rosa, rios de água quente e o luto de quem ainda não mergulhou

Breve reflexão de um pastor sobre seu luto

“Faz um tempo eu quis, fazer uma canção, para você viver mais.”*

Sunt Lacrimae Rerum. Há lágrimas nas coisas. Essa frase misteriosa, e de difícil tradução, aparece na obra clássica A Eneida, de Virgílio. Não, eu não li. Mas li o excepcional Cloud Atlas de David Mitchell, onde ele cita essa expressão latina num momento chave da trama. Nessa história, vidas se cruzam investigando as dores de eras distintas, refletindo sobre tempo, amor e morte; vislumbrando como nossas vidas se tocam, como um “oceano formado por uma infinidade de gotas”. Há lágrimas nas coisas.

Meu pai faleceu em Agosto de 2015, ainda relativamente novo, aos 62 anos. É claro, em comparação aos espanhóis na Idade Média ou romanos no primeiro Século, ele viveu muito. Mas foi muito longe do que eu gostaria. Ele se foi no meio dos planos. Com muito a pensar, a fazer, a viver. Com sua única neta ainda pequena que segue falando do dia em que jogou bola com ele na sacada de seu apartamento em São Paulo. E o luto fica, e penso que ele não irá embora nunca.

São vários os autores que escreveram observações sobre seus lutos. C.S. Lewis, por exemplo, publicou suas impressões de maneira célebre a respeito da morte de sua esposa Joy. Não pretendo fazer contribuição nesse nível nem trazer palavra definitiva sobre o assunto. No máximo, podemos refletir e destilar um pouco do que aprendemos na casa do luto. Salomão falou que é melhor ir à casa de luto do que à casa de festa, pois ali nós entendemos como a vida funciona. Papai certa vez me disse ter ficado positivamente assustado com esse insight do velho rei de Jerusalém. Como pastor nos últimos 8 anos, venho observando que as pessoas têm reações muito diferentes ao falecimento dos seus. Não há um único tipo de luto. Talvez haja tantos tipos quanto há pessoas. Mesmo em minha família vejo isso. Autores diversos me ajudaram com suas perspectivas sobre morte e vida; você verá um pouco desta ajuda que recebi escorrendo neste texto. Se ele servir para ajudar ao menos um enlutado, já terá valido. Ainda que ninguém tire proveito, valerá pela honra a quem honra é oferecida, e agradecimento a quem agradecimento é devido. Sem falar na glória daquele que escreveu a meta-história. Este texto foi planejado, pensado e filtrado em Outubro, num final de tarde após um dia exaustivo e divertido brincando na água quente. Apenas agora tive coragem de dar forma final. As coisas têm lágrimas.

Quando num final de tarde no belo Rio Quente, minha filha perdeu sua Crocs, isso me fez pensar em meu recém-falecido pai. A cabeça da gente faz rápidas e estranhas conexões, muitas vezes. Explico como foi. Em Outubro de 2015 fomos eu, esposa e filhota (com imperiosos e maravilhosos 2 anos de fofura) passear em Rio Quente, resort de águas termais no estado de Goiás, perto de Caldas Novas. Ali havia sido local de muitas viagens de nossa família quando eu era criança. Inúmeras horas foram gastas naquelas piscinas quentinhas do parque das fontes… As fortes memórias das brincadeiras com meus pais e irmãos na piscina não se esvaíram com o tempo. Não tem rio nesse mundo capaz de levá-las para longe.

Havíamos desde o início do ano nos planejado para levar a Dedé, nossa filha, para conhecer o Rio Quente. Com o falecimento do pai em Agosto, cogitamos cancelar. Mas, precisando do descanso, e entendendo ser uma forma de honrar os tempos tão bons que havíamos tido por lá, prosseguimos. E foi deleite sobre deleite. Picolé de uva, batata frita, bebidas adultas, bebidas adolescentes, piscina, piscina e mais piscina.

Num final de tarde, após horas e mais horas de deleite nas águas quentes, chegou o tempo de ir de volta para o quarto. A fome apertava e ainda havia o longo ritual de banho a ocorrer antes do jantar. O parque, com suas diversas piscinas, é entrecortado pelo rio quente que banha a região, de forma que há pequenas pontes conectando áreas diferentes do local. Anelise, minha esposa, foi com Débora no colo na minha frente. Eu ia atrás, levando telefones, baldinhos, toalhas e calçados; inclusive a linda crocs cor-de-rosa que acende a cada pegada. Eu trouxera do exterior essas sandálias e Dedé as amava muito, mostrando para todo mundo como ela acendia ao pisar forte. Anelise e Débora passaram a ponte e naquele final de tarde a luz estava particularmente terna, indelevelmente doce. Elas estavam benditamente iluminadas com cabelos molhados e sorrisos satisfeitos. Parei na ponte para tirar uma foto delas. Tentando abrir o celular, derrubei um dos pés da crocs no chão. Ela quicou e caiu da ponte no riozinho que passa quente e veloz. “Minha crocs caiu!”. E lá foi papai correr atrás dela.

Passei os quarenta minutos seguintes freneticamente tropeçando rio abaixo atrás da crocs, enquanto as duas esperavam. Eu descia e pulava e tentava ser mais rápido que a vida. E enquanto o fazia, estranhamente eu não parava de pensar no meu pai, que falecera meros 45 dias antes. Não consegui achar. O pé direito ficou para sempre sem par. E eu sem pai.

A crocs descia o rio. Velozmente em alguns momentos, tirando minha esperança; a qual se renovava a cada enrosco numa pedra. Hoje papai vai ser herói e salvar a crocs da Dedé, nem que isso me custe muito. E o rio vai aparecendo e desaparecendo entre as piscinas e a mata. Aquela coisa rosa e pequena descia o rio, eu tentava correr, e tinha vislumbres. Tropeçando em pessoas, em espreguiçadeiras, desviando dos monitores que lideravam a ginástica aquática. Seu rosa brilhante reluzindo e descendo o rio. A crocs aparecia, sumia, aparecia, sumiu. E ela sumiu para sempre; vai seguir o rumo natural e daqui a muito irá se decompor. Sinto muito natureza, sinto muito mesmo. Não imagino que crocs sejam facilmente biodegradáveis. Nós somos melhores em decompor, em voltar ao pó. Como Salomão nos ensinou, voltaremos ao pó. Voltaremos, e não adianta usar as coisas boas desse mundo para fingir que não. É inevitável.

Teria sido possível pegar a crocs se minhas costas não fossem tão fracas? Se eu não tivesse desanimado algumas vezes em plena tentativa? Se meu peso não fosse tão grande ou se minha agilidade fosse maior? Essa é a pergunta, não é? Essa sempre é a pergunta: “e se eu…” Teria sido possível evitar? Teria de alguma forma minha maior atenção, habilidade ou velocidade feito alguma diferença? Meu pai faleceu subitamente. Ele não apresentava nenhum problema grave de saúde, não passou por longo tempo de internação. Não nos preparamos para aquilo que todos sabemos que temos de nos preparar, mas que nunca o fazemos adequadamente. Crocs são levadas, e essa se foi para sempre, não vai mais ser encontrada. É claro que eu sabia que uma hora Dedé iria perder a crocs; ela e seu pezinho estão crescendo, e uma hora não iria caber mais. Mesmo assim foi surpreendente, muito antes do que esperava e, especialmente, muito antes do que eu queria. É verdade para a crocs, é verdade para o pai. Seguiu o curso nada natural e ainda assim constante. Sabemos, é claro, que isso vai acontecer. Mas foi muito rápido. E foi absurdamente antes do que eu imaginava. Não consigo lembrar qual foi a última vez que falei com ele, falar com áudio. Pois falar eletronicamente, nos falávamos o tempo todo, trocando mensagens. A última que ele respondeu foi uma troca de orações feita no meio da madrugada. Eu, com dores horríveis nas costas e na perna, sem conseguir dormir. Ele, com dores ainda mais fortes, pelo que suspeito. Na quinta à noite, com dores e assistindo um jogo sofrível do nosso São Paulo, escrevi para ele. Ele não respondeu. Ao que sabemos, naquela hora já estava mais interessado em outro São Paulo.

É um tanto óbvio dizer, mas o que assusta demasiadamente é a finalidade. Num dia posso escrever para ele, ligar, ir ver. No outro, não tem mais como. Morte é um brutal desligar. Mas morte também é misericórdia de Deus para sofredores do mundo caído; a certeza de que a luta dessa peregrinação tem fim. “Sem morte, sem tempo mortal, essa Terra seria o Tártaro. Mortalidade é uma consequência do pecado. Mas também é um presente. Uma misericórdia. Uma bondade. Morte é graça. Uma raça humana caída e corrompida sem fim? Cargas pesadas sem fim? Por causa da morte, podemos correr a boa corrida. Podemos combater o bom combate. Completude existe.”[1] Hoje, não tenho mais como falar com ele para tirar dúvidas, para comentar eventos. Mas me alivia saber que as cargas que ele carregava não pesam mais sobre ele.

Ao descer o rio em busca de vislumbres cor-de-rosa em meio a tanto verde e marrom, várias vezes fui iludido no canto do olhar por florzinhas singelas e do mesmo rosa daquela crocs. Embaixo de uma ponte, à curva do rio, por detrás de pedras. Toda hora eu via o que pensava ser o objeto de minha busca. Mas era apenas vapor em forma de flor. A crocs vinha à mente mesmo sem que viesse à vista. Dele também tive e tenho vislumbres o tempo todo. Uma notícia do São Paulo, uma confusão política, o novo lançamento da Honda… Coisas que, como aquela florzinha rosa, trazem um estranho vislumbre e o mini-susto de que ele ainda está por perto. Dá uma vontade de ligar; parece que ele está por aí ainda. Muito estranho. Como disse o filósofo Rocky Balboa: “Ele se foi, mas não.”[2]

Onde foi parar essa crocs? Onde a água do Rio Quente a levou? N.D. Wilson reflete sobre como a água não se perde, mas sempre recria e conta a história do mundo. Ele olha a água em forma de neve e reflete acerca das moléculas de água diante dele: “Antes de serem neve, onde estiveram? Foram vapor emanando das costas de uma vaca? Evaporação de uma piscininha infantil? Mais provavelmente eram oceânicas. Foram ondas. Mas, e antes? Quantas vezes cada uma dessas moléculas caiu do céu, contribuindo para ser um cantinho de floco de neve? Quantas vezes se divorciou em solitários hidrogênio e oxigênio, quantas vezes casou de novo? Essas coisas são viajadas, não há dúvida. Essas coisinhas já estavam por aí quando Moisés fez aquilo tudo no Mar Vermelho. Elas estavam lá? Ouviram a respeito de suas amigas? Há água em algum lugar desse mundo que escorreu pelo corpo da própria Palavra quando João, seu primo, o batizou. Sem dúvida ainda são água, desprezada pelos homens, conhecida apenas do Autor desta história. Gotas foram escolhidas para servirem de suas lágrimas perto de Jerusalém, e ainda mais foram escolhidas para escorrer de seu lado na ponta de uma lança Romana.”[3] De onde veio e para onde vai o rio? Para onde o SENHOR desejou que ele fosse e levasse a sandália de minha filha. Onde esteve antes a água quente daquele rio delicioso? Quantas gotas que já foram lágrimas compõem aquele rio? Quantas gotas que foram saliva usada para proferir palavras torpes e também palavras de amor? Quanta água dali já foi usada para lavar joelhos ralados? E para fazer café?

Rio Quente foi um presente de meu pai para Dedé. Não diretamente, mas obliquamente. Ao me fazer amar o lugar, ele plantou a semente de um dia eu levar minha própria filha para se refestelar na Piscina do Sapo, com seus tobogãs e chuveirinhos. Foi um enorme presente dele para mim, mãe e irmãos podermos crescer indo para lá. Por isso insistimos em ir. Foi simbólico estar lá. Poucos dias depois do falecimento, encontramos nas coisas dele um pacotinho contendo uma bonequinha de presente pra Dedé. E essa bonequinha valeu muito. Sunt lacrimae rerum. O último presentinho de vovô pra Dedé. Ao menos o último dentre os inanimados. Afinal, eu sou um presente de meu pai para a minha filha. Tudo o que sou tem a tintura de ter sido filho dele. E assim minha filha é moldada e abençoada pelo vovô e o será ao longo das próximas décadas.

Nesse início de ano devorei o livro do neurocirurgião Paul Kalanithi, escrito nos últimos meses de sua breve vida. Faleceu de câncer com cerca de 36 anos, que é bem a minha idade. Deixou uma filha ainda neném… Minha Dedé era neném até anteontem. O livro traz profundas e belas considerações sobre a vida e a morte e toda a confusão que acontece no miolo do tempo. Em certo momento, refletindo acerca do papel que a pequena filha Cady teve no final da vida dele, Paul escreve: “Quando chegar um dos muitos momentos na vida em que você precisar prestar contas de si mesma, prover uma medida do que você foi, fez, e significou para o mundo, não desconte, imploro, o fato de que você encheu os dias de um homem moribundo com uma alegria saciada. Uma alegria desconhecida a mim nos anos precedentes, uma alegria que não sente fome de mais e mais, mas descansa satisfeita.” [4]

Uma alegria saciada. Experimento isso muitas vezes com minha filha e esposa, como experimentei tantas vezes com meu pai. Como colocar isso na medida de o que foi a vida de alguém? Como medir a vida de um homem que se foi aos 62? Poderíamos medir em bens deixados, em artigos de periódicos em que apareceu, em inúmeras pessoas influenciadas ao longo de uma brilhante carreira, em tantas coisas. Mas podemos medir em horas de alegria saciada gastas juntos; foram mais do que posso lembrar. Mas elas, como nanomemórias, formaram gigantesca parte de minha identidade, e penso que elas virão mais e mais à tona à medida que eu envelhecer, à medida que chegar à idade dele. Faço por vezes um exercício um tanto excêntrico. Com uma conta rápida tento lembrar em que ano ele teve a idade que tenho agora. E sempre me surpreendo com a memória que tenho dele daquele ano. Exemplo: ele teve em 1990 a idade que tenho em 2016. E quando penso nas coisas que fazíamos em 1990, fico assombrado em como ele era novo, embora para mim parecesse tão velho. Isso significa que eu também estou ficando velho. Semana passada fui ao pronto-socorro. Suspeita de dengue. Não era. Mas o que mais me chocou foi perceber minha idade, e de um jeito curioso: penso que pela primeira vez em minha vida fui atendido por médicos que eram todos mais novos do que eu. Todas as três plantonistas pareciam estar mais próximas da Dedé do que de mim. Ok, um certo exagero. Mas o fato é que um dia todos meus médicos serão mais novos que eu. Mas até semana passada eu sequer havia cruzado a fronteira que demarca a estranha realidade de que já há pessoas que nasceram depois de mim, cresceram, receberam muitos e muitos anos de educação rigorosa nas faculdades e hospitais de nosso país e hoje cuidam de dengosos como eu. Na minha idade, meu pai já havia nos levado ao Rio Quente várias vezes… Sabe-se lá o que desceu rio abaixo naqueles dias. Algum boneco do He-Man, provavelmente.

Nossas vidas se cruzam em breves períodos. Eu conheci meu pai apenas no período entre os 25 e os 62 anos dele. Dedé conheceu apenas dos 60 em diante. Mas basta para marcar as biografias um do outro com lágrimas e lembranças feitas de água quente, objetos perdidos e alegria saciada. Nossas vidas se tocam na vida e na morte. Eu sou um dos epitáfios dele. Na minha vida se mostrarão frutos e implicações da vida dele.

Derrapando nas pedras quentes atrás daquela crocs me senti um peregrino de lágrimas correndo no rosto e sentindo a frustração de uma tarefa impossível. Estava louco para voltar em triunfo e ver o sorriso de Dedé, pois papai salvara o dia. Mas o coração voltava misteriosamente a pensar no meu pai, com maior e maior aperto. Um salva-vidas, percebendo meu frenesi, desceu o rio atrás de mim para me ajudar. Fiquei grato, ao mesmo tempo envergonhado, pois as lágrimas estavam apertando. Nem tanto pela frustração de perder, mas pelas lembranças que brotavam como rio quente no coração e no rosto.

A narradora do excepcional livro Em Casa, de Marilynne Robinson, faz uma bela consideração sobre lágrimas. Ela, que conhecia bem as dores de família, diz: “Ah, as lágrimas… quão bom seria se a natureza tivesse feito o ventilar de emoções acontecer pela palma da mão ou mesmo pela sola do pé.” [5] Mas não. Tinha de ser nos olhos descendo pela cara. Tinha de ser óbvio, público, explícito. Tinha de ser na cara de quem chora, marcando todo o rosto e molhando a camisa e avermelhando os olhos e entupindo o nariz. Deus nos fez de forma a ser difícil de esconder as lágrimas.

A crocs sumiu. Dedé falou para todo o resort nos dias seguintes: “Crocs caiu. Foi embora.” Às vezes, eu era implicado no crime. Por vezes, misericordiosamente, não.

No funeral do meu pai, não consegui pregar, nem mesmo tentei. Mas tive a honra de ler o Salmo 90. E, numa paráfrase dele que cantamos na igreja com frequência, rios relacionam a vida e morte: “Tal como o rio a correr, é o tempo a nos levar. Todos os dias do viver, vão-se num piscar.”

Mas, diferentes de crocs que acendem luz e piscam cor de rosa, há esperança para quem dorme em Cristo. Essa Crocs nunca mais será vista em sua glória terrena. Mas quem dorme em Cristo, nos diz o bom livro, levantará incorruptível em semelhança ao primogênito de toda a nova criação. Nenhum de nós ficará escondido em curvas obscuras de rios quentinhos. Não sei se crocs de Nova Jerusalém piscarão, mas se piscarem, temo que seja com a intensidade de supernovas. Olhos redimidos serão necessários para aguentar tanto rosa. Estou morrendo de vontade de ver meu pai renascido em glória, livre de tudo o que o amarrava e entristecia.

O Rio Quente é um deleite, e naquele dia algumas lágrimas o aqueceram um tiquinho, assim como um pé de crocs o coloriu de um jeito estranho. Por enquanto, as coisas seguem cheias de lágrimas. Não sei se o rio que corre do trono de Deus na nova terra tem água quente; sei que tem uma promessa de que lágrimas serão todas enxugadas. Quem sabe por meio de banho no rio? Estou louco para me jogar lá dentro.

A história desta família está apenas começando. Nos cruzamos por um tempinho na estrada, mas os horários nos itinerários são vastamente diferentes. Como viajantes que se cruzam no aeroporto por algumas horas, e parece que foi tão pouco. Mas, o destino sendo o mesmo, logo tudo fica bem. Até que sejamos reunidos num piscar de olhos, ao ressoar da trombeta. Perto daquele de quem flui toda boa dádiva, seja na velha ou na nova Terra. Seremos mais leves e mais plenos; discos vertebrais e corações incorruptíveis. Alegria saciada. Vou te procurar lá perto do trono, para os lados do rio, de frente para a árvore. Um mergulho divertido e coletivo ainda aguarda esta família.

 

 

* “Canção para você viver mais“, Pato Fu

[1] Wilson, N. D. (2013-05-14). Death by Living: Life Is Meant to Be Spent (p. 113). Thomas Nelson. Kindle Edition.

[2] No glorioso Rocky Balboa, 2006. Ele fala isso sobre sua amada Adrian. Mas é verdade sobre todos os que amamos.

[3] Wilson, N. D. (2009-06-25). Notes From The Tilt-A-Whirl: Wide-Eyed Wonder in God’s Spoken World (pp. 45-46).

[4] Kalanithi, Paul (2016-01-12). When Breath Becomes Air (p. 182). Random House Publishing Group. Kindle Edition.

[5] Robinson, Marilynne (2008-09-01). Home: A Novel (Kindle Location 208). Farrar, Straus and Giroux. Kindle Edition.