As –ações da Cruz

Jared C. Wilson
Jared C. Wilson

Não, não são as ações. As –ações.

Mediação – Há um abismo entre nós e Deus, mantido pela tensão de sua justa ira devida a nós por conta de nosso pecado. Na cruz, o Cristo sem pecado faz o trabalho da mediação necessária e impossível a qualquer outro.

Condenação – O mediador precisa aceitar o lugar do culpado para poder garantir-lhe a inocência. Assim, ele vai à cruz por sua própria vontade, pois é o lugar de condenação pré-definido onde nós deveríamos estar. Ele se torna o condenado substituto e recebe a condenação.

Propiciação – Uma dívida de sangue é devida, legalmente falando, porque sem o derramamento de sangue não há perdão de pecados. Mas não podemos fazer esse pagamento porque não temos os meios necessários para isso. Somos falidos moralmente, cada um de nós. Assim, na cruz, Cristo faz o pagamento com as riquezas de si mesmo, dando sua vida para receber o débito e satisfazendo as demandas da lei. A ira de Deus é então aplacada.

Imputação – Ao propiciar o débito do pecado, ele o tira do condenado e põe em si mesmo, ao se tornar o condenado na cruz, mas, ao fazê-lo, ele transfere sua inocência para aqueles realmente culpados. Aquele que não conheceu o pecado se tornou pecado para que fôssemos feitos justos perante Deus. Sua justiça é imputada a nós; isso significa que somos contados entre os justos, apesar de nosso pecado.

Expiação – Mas Jesus não pararia aí. Com sua vida entregue sacrificialmente na cruz, ele não apenas recebe o nosso débito, ele o aniquila completamente. Ele recebe sobre si como o bode expiatório, para levar nossos pecados para longe. Outra forma de dizer isso é que a obra de Jesus na cruz não nos torna reconhecidos como justos, ela de fato nos faz justos.

Santificação – Uma obra contínua do Espírito, claro, mas graças à obra expiatória de Cristo na cruz, somos também declarados santos, na cruz, por sermos purificados por seu sangue (1 Coríntios 6.11).

[tweet link=”http://iprodigo.com/?p=5080″]Os braços abertos de Cristo na cruz revelam a nós os meios pelos quais o Pai abraça seus filhos outrora perdidos[/tweet]

Justificação – Praticamente todo esse trabalho de Cristo reunido conquista o que nós recebemos pela fé: um lugar na presença de Deus. Por causa da cruz, nós, que estávamos além do alcance da justiça, agora somos justificados.

Reconciliação – E como somos justificados perante Deus, somos reconciliados com ele. O abismo é preenchido, a ira aplacada, o débito cancelado e jogado fora, a alma purificada. Os braços abertos de Cristo na cruz revelam a nós os meios pelos quais o Pai abraça seus filhos outrora perdidos. Através da cruz, Cristo nos reconcilia com Deus (Colossenses 1.20).

Nações – Por quem foi mesmo, exatamente, a obra de Cristo na cruz? (1 João 2.2)

Traduzido por Filipe Schulz | iPródigo.com | Original aqui