Don’t Worry, Be happy?

Elyse Fitzpatrick
Elyse Fitzpatrick

Nota do Tradutor: Esse texto é tradução de um trecho do livro Idols of the Heart. Phillipsburg, NJ: P&R Publishing, 2001, pp. 119-121. O livro já foi lançado em português pela Associação Brasileira de Conselheiros Bíblicos e pode ser encontrado aqui.

A luta com a idolatria e o engano começou com Eva e continua até hoje. Eva foi enganada em pensar que a felicidade poderia ser encontrada na desobediência a Deus. Toda vez que pecamos, é porque nós somos enganados também. Nós, tolamente, pensamos que a felicidade pode ser encontrada em perseguir as mentiras e os sussurro sedutores de nosso coração.

Nós pecamos porque acreditamos que há um pouco de felicidade a ser ganha pelo pecado. É então que os nossos pensamentos sobre a felicidade se tornam nosso deus. Eu não estou dizendo que nós não somos totalmente responsáveis por nossos pecados, pois nós somos enganados. Somos completamente culpados de todos os nossos pecados, porque não cremos na Palavra de Deus e nós confiamos nos deuses de nossa própria imaginação. É idolatria tornar a nossa imaginação mais importante do que a alegre obediência ao Senhor.

Nossas crenças idólatras tornam-se evidentes sempre que nos encontramos pecando habitualmente de alguma forma particular. Se eu descobrir, por exemplo, que eu freqüentemente respondo com raiva quando criticado, então eu preciso considerar que pensamentos ou imaginações idólatras estão na raiz da minha raiva. Para fazer isso, devo perguntar-me as seguintes questões:

* O que penso sobre a fonte da verdadeira felicidade nesta circunstância?
* O que penso sobre Deus nesta circunstância?
* O que penso sobre mim, meus direitos, meus objetivos, meus desejos?
* Em que eu estou confiando?

Por exemplo, neste caso, eu poderia responder:

* O que penso sobre a fonte da verdadeira felicidade nesta circunstância? Eu estou acreditando que a felicidade só pode ser encontrada quando os outros me respeitam. Minha opinião: “Eu devo ser respeitado,” tornou-se meu Deus, e produz frutos amargos para quem se atreve a me desafiar.
* O que penso sobre Deus nesta circunstância? Eu estou duvidando de sua Pessoa. Eu creio que Ele não é bom. Eu acredito que se ele fosse bom, ele me protegeria de ataques. Meus desejos (não devem ser criticados!) e minha avaliação dEle me fazem tentar refazê-lo em minha imagem. Porque, se ele fosse realmente bom, penso eu, ele faria os outros me tratam do jeito que eu quero ser tratado! Em vez de pensar que Deus não é bom, talvez eu não acredite que Ele é poderoso. Se Deus fosse poderoso, Ele pode controlar como os outros me tratam. Você vê como é importante ter uma compreensão bíblica do caráter de Deus?
* O que penso sobre mim, meus direitos, meus objetivos, meus desejos? Creio ter o direito de ser respeitado no trabalho. Eu acho que nunca devo ser criticado. Sempre que eu sou criticado, eu me vejo como uma vítima da injustiça dos outros. Acredito que a felicidade vai continuar a iludir-me se as pessoas não me reprovarem. Ignorar a verdade de que não importa o que me aprova, ou mesmo se eu aprovo a mim mesmo (2 Cor 10-18). Eu acredito que é mais importante ter a aprovação dos outros do que de Deus. Este poderia ser o porquê os outros são meus deuses?
* Em que eu estou confiando? Em vez de confiar em Deus e que Ele permitiu que esta dificuldade em minha vida para o meu bem (e felicidade suprema)-Estou confiante que as pessoas têm o poder de me fazer feliz. Preciso ver minha circunstância como dom de Deus para abrir meus olhos para minha idolatria e me libertar dela. Em vez de ficar pecaminosamente irritado quando eu sou criticado, eu preciso alegrar-me na disciplina fiel de Deus (Pv 25:12).

Há circunstâncias em que você se encontra habitualmente pecando? Se assim for, pergunte a si mesmo estas perguntas e você está sujeito a encontrar pensamentos pecaminosos e a imaginação no coração do problema. Isto não nega a sua responsabilidade por seu pecado. Tudo que faço é ajudar você a ver as razões para que assim você possa começar a abordar a origem do problema, ao mesmo tempo em que você trabalha em seu comportamento exterior.

Em vez de apenas tentar controlar meu temperamento quando eu sou criticado, por exemplo, eu preciso entender que a razão de eu estar com raiva pelo que eu desejo e porque adoro opiniões de outras pessoas de mim. Eu preciso arrepender-me dos meus pensamentos sobre mim mesmo e de acordo com Deus e que somente Ele é digno de louvor (ao mesmo tempo que me arrependo da minha raiva pecaminosa).

Tradução: Rafael Bello| ipródigo | original aqui