Antes dos resumos, dois vídeos: um sobre o auditório onde as palestras são realizadas (para quem não conhece) e outro com depoimentos sobre o segundo dia (para você se animar e ler os resumos das palestras logo abaixo):
Steven Lawson
Steven fez uma exposição apaixonada do Salmo 15. Ele buscou mostrar quem é a pessoa que segue o caminho de Deus. Se tal caminho existe, como podemos andar nele. O texto, que fala sobre a habitação no santuário do Senhor, foi dividido em três partes que seguem abaixo:
O primeiro versículo é uma pergunta: “Quem, Senhor, habitará no teu tabernáculo? Quem há de morar no teu santo monte?” E essas perguntas nos devem levar a fazer um inventário interno para que saibamos as coisas que moram em nós, para que a partir daí possamos habitar na casa de Deus.
Logo depois a segunda parte do sermão é voltado para descrever as Qualificações Espirituais. Não são coisas que devemos fazer para que sejamos justificados diante de Deus. Por que nós fomos salvos, fazemos as coisas a seguir. E o que o verso diz é o perfil daquele que busca uma vida toda santa. Aqui não está incluso tudo que Deus quer em sua palavra, mas aqui temos a essência das exigências de Deus. Seguem algumas dessas exigências retiradas da brilhante interpretação do Dr. Lawson:
- Andar com integridade é o nosso viver diário
- Se queremos viver na casa do Senhor e sermos recebidos com seu sorriso, devemos estar envolvidos nas obras de Justiça.
- A justiça é a conformidade ao caráter de Deus.
- Não apenas a nossa conduta deve ser santa, mas nossas conversações devem ser santa.
- O que sai da boca deve ser consistente com o que está no coração.
- Não devemos pensar uma coisa e falar outra.
- Hipocrisia é exatamente quando existe essa inconsistência a fim de que sejamos populares entre os homens.
- Diabo é enganador e quando difamamos, nós nos parecemos com o diabo.
- Se nós amamos a Deus, isso será auto-evidente no relacionamento com os outros
- E a marca de alguém que foi convertido – Deseja mostrar o amor de Cristo aos outros.
- Não devemos invejar o mundo por conta de seu estilo de vida. (v.4)
- No Sl 73 o salmista invejava os ímpios, pois eram “grandes” e reclama a Deus e fala que o ímpio não pode prosperar, mas isso só aconteceu até ele entrar na casa de Deus. Quando entrou na casa de Deus, Ele escutou a palavra de Deus e a luz da verdade fez com que o salmista visse o fim daqueles homens – ovelhas para destruição.
- E até a nossa forma de fazer comércio deve refletir a glória de Deus.
Steve terminou com a ênfase na garantia de que aqueles que precedem desta maneira jamais serão abalados v.5b. Mesmo que existam dificuldades, nós sabemos que não seremos abalados, pois Deus nos garante uma vida eterna e temos um fundamento firme na casa de Deus onde o vento não derruba as paredes.
Joel Beeke
Andando como peregrinos – Hebreus 11.13-16; 1Pe 2.11-12
O movimento puritano se caracterizou por uma mentalidade peregrina. Por um lado, estamos no mundo, somos chamados para sermos sal e luz deste mundo, devemos nos preocupar em abençoar as pessoas e em fazer bom uso do nosso tempo aqui. Por outro lado, não somos deste mundo, não devemos nos enraizar aqui nem fazer associações com os ímpios. Para os puritanos, somos peregrinos nesta “feira das vaidades”. O pastor Joel Beeke enfatizou a forma elevada como os puritanos entendiam a Palavra de Deus: o Livro Vivo pelo qual eles queriam viver. O Dr. Sinclair Ferguson disse que os puritanos analisavam a bíblia – cada face da Palavra – como especialistas em pedras preciosas analisam um diamante. Os puritanos se dedicavam ao estudo da Palavra e ao estudo teológico com a consciência de que a piedade que eles buscavam desenvolver para a glória de Deus é a aplicação prática da teologia.
A grande contribuição dos puritanos para nós hoje, em que estamos meditando no caminho de Deus, é que eles viviam olhando para o Céu, vivendo uma preparação constante para desfrutar a vida futura, olhando para a eternidade. Até mesmo os momentos de recreação eram entendidos como momentos proveitosos para a preparação para a vida porvir, um momento de recuperar as forças para o trabalho.
1João 3.1-3. Estamos diante de uma pasagem que diz respeito ao planejamento familiar de Deus. Diferente de nossa tendência atual de redução da família, os planos de Deus são espancionistas. Ele quer adotar muitos filhos. João se mostra surpreso com o fato de que Deus resolveu adotar homens rebeldes como nós. Homens que eram filhos de Satanás são transformados, por graça e misericórdia, em filhos de Deus.
Todos os nossos relacionamentos são completamente transformados pela notícia da adoção à família de Deus. Todo o ministério de Jesus foi pautado no fato de Ele ser Filho de Deus. Jesus ensina os seus discípulos a orar a Deus reportando-se a Ele como Pai. Nossa filiação nos foi garantida por Jesus, que nos ensinou a confiar nossas vidas e obras no fato de Deus ser nosso pai.
No texto de 1Jo 3.1-3, vemos alguns tipos de relacionamentos que mudam com a adoção. Primeiro, nosso relacionamento com o próprio Deus, que de inimigo passa a ser o pai amado. O relacionamento com o mundo, que passa a nos odiar como odiou a Cristo. Mesmo sendo reputados por loucos pelo mundo, não nos importamos, devemos estar preparados para isso. Além disso, precisamos enfatizar que todo cristão é puro em seu status diante de Deus. O lavar dos pecados na justificação assegura isso, mas depois de ser puro em seu status, o cristão que procura agradar a seu Pai amoroso, faz a sua vontade num esforço santo de ser puro.
Thabiti Anyabwile
Construindo a igreja sobre o fundamento correto – Atos 1
Movimentos morrem com a morte de seus líderes. Por exemplo, Martin Luther King dirigiu o movimento dos direitos civis nos Estados Unidos, e após sua morte, o movimento se enfraqueceu. Quando um líder morre, seus movimentos tendem a acabar. E isso pode afetar até as igrejas. Muitas igrejas tem a personalidade de seu líder, e muitos membros são atraídos por isso. E quando eles morrem, as igrejas morrem junto. Devemos construir as igrejas sobre os fundamentos corretos.
Muitos pensaram que a morte de Cristo acabaria com o Cristianismo. Mas isso aconteceu? Atos conta a anatomia de uma explosão: a narrativa de um fogo que não foi apagado até hoje.
Em Atos, vemos o caminho de Deus, e aprendemos sobre o fator mais distinto do movimento liderado por Jesus: ao contrário de outros movimentos, o líder do cristianismo nunca morreu. Nosso redentor é vivo.
Atos 1 mostra como os apóstolos organizaram-se pela liderança do Espírito Santo. Vivemos em um dia em que as pessoas não gostam da religião organizada. É interessante que a primeira coisa que os apóstolos fazem após a ascensão de Cristo é se organizarem. Ele oram, eles lêem as escrituras, e organizam a liderança.
Para vivermos no caminho de Deus, precisamos crer no evangelho, fortalecidos pelo espírito, orando, lendo a Bíblia, e assim liderando o povo de Deus.