Maslow versus Paulo

Clint Archer
Clint Archer

Em 1943 o protopsicólogo Abraham Maslow postulou uma teoria de que os seres humanos alcançam o contentamento de acordo com uma rígida hierarquia de necessidades. As pessoas buscam satisfazer seus desejos na ordem destes 5 itens…

1. Fisiológicas: respiração, alimentação, água, sono, homeostase.

2. Segurança: proteção do perigo, emprego, recursos.

3. Social: amizade, família, intimidade.

4. Estima: respeito de outros, autorrespeito.

5. Autorrealização: criatividade, realização, espontaneidade, aceitação dos fatos, etc.

Parece razoável o suficiente dizer que se uma pessoa está sofrendo um estrangulamento, estará momentaneamente mais preocupada em conseguir oxigênio do que em alcançar seu objetivo de vida de dominar o violino.

E todos nós reconhecemos que, quando estamos ávidos por um lanchinho, tentamos atingir um nível de satisfação de açúcar no sangue antes de tentarmos ganhar o respeito de nossos pares (o que explica porque você é rude com o irritante do seu vizinho quando ainda não tomou o café da manhã).

Mas é verdade que o contentamento só pode ser acessado através da escalada por essa pirâmide das necessidades em uma determinada ordem? Considere as seguintes afirmações do apóstolo Paulo por um momento…

1 Coríntios 4.11Até esta presente hora sofremos fome, e sede, e estamos nus, e recebemos bofetadas, e não temos pousada certa.

2 Coríntios 11.27Em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejum muitas vezes, em frio e nudez.

Filipenses 4.11-12Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade.

Toma essa, Abraham Maslow!

As necessidades físicas de Paulo estavam frequentemente insatisfeitas por um tempo, mas ele estava contente. É assim que um faixa-preta do contentamento se parece. Não se trata de circunstâncias, se trata de perspectiva.

Jesus disse algo semelhante, quando Ele amorosamente instruiu Seus seguidores:

Lucas 12:29-31: Não pergunteis, pois, que haveis de comer, ou que haveis de beber, e não andeis inquietos. Porque as nações do mundo buscam todas essas coisas; mas vosso Pai sabe que precisais delas. Buscai antes o reino de Deus, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.

A busca incessante e ansiosa das necessidades físicas é uma familiar e natural característica dos incrédulos. Os crentes têm a responsabilidade de trabalhar e de serem bons administradores, mas confiam no seu bom, onisciente e todo-poderoso Pai para prover suas necessidades.

Há uma tranquilidade na vida do crente que ultrapassa o entendimento dos incrédulos que vivem em uma colmeia zumbindo perpetuamente de ansiedade.

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