Nos três primeiros posts, examinamos, muito brevemente, a declaração de Cristo e a declaração do pluralismo: a crença de que Jesus é o único caminho para Deus e a crença de que existem muitos caminhos para Deus. Vimos que o pluralismo religioso é impreciso, arrogante e intolerante. O cristianismo é melhor? Eu gostaria de sugerir três pontos em que o cristianismo é melhor, a partir da alegação do próprio Jesus. Ele falou que ele é o Caminho, a Verdade e a Vida (Jo 14.6). Vamos observar cada ponto.
O cristianismo deveria nos fazer incrivelmente humildes
Primeiro, Jesus é o Caminho. O que isso significa? Significa que Jesus é o nosso pioneiro, empurrando as outras opções religiosas para os lados para que possamos trilhar o nosso caminho até o céu através de uma melhoria espiritual ou moral? Se eu guardar os Dez Mandamentos, se eu servir o pobre e amar o meu próximo, se eu orar e ler a bíblia o suficiente, então Deus irá me aceitar? Não. Como o Caminho, Jesus não cria uma trilha para que possamos seguir. Nós nunca poderíamos fazer isso, fazer algo suficientemente bom espiritual, moral ou social para impressionar Deus. Muito menos amá-Lo com toda a nossa alma, mente e força. Não podemos traçar o caminho. Todos falhamos em amar e servir ao Deus infinitamente admirável e amável. De fato, nós amamos mais outras coisas, o que é um crime de infinitas proporções. Isso vai contra o santo e justo Deus. A sentença pelo nosso crime tem que ser realizada.
Quando Jesus toma a árdua caminhada por nós, ele desce até o vale onde os criminosos morrem. Ele se condescende até o nosso pecado, nossa rebelião, nossas falhas, ele os amontoa todos em suas costas e sobe em uma cruz, onde é punido pelo nosso crime, uma morte horrível e sangrenta. O inocente punido em lugar do culpado. Se ele não tomar nosso castigo, então temos que suportá-lo – a eterna separação entre nós e Deus. Se você rejeitar Jesus, então você pagará as infinitas consequências. No entanto, se abraçar Jesus em sua morte “absorvedora” de pecados, você receberá o perdão. Jesus caminha não só através do vale, mas até a montanha para transportar o seu perdão a Deus, onde ele pede a nossa inocência (Hb 10). Isso é o que significa Jesus ser o caminho. Ele é o caminho redentivo. Ele toma o nosso lugar. Esse entendimento de Jesus como Caminho deveria nos fazer incrivelmente humildes, não arrogantes. Percebemos quão indignos somos e quanta misericórdia nos tem sido mostrada.
O cristianismo é maravilhosamente esclarecedor
Jesus também é a Verdade. O que isso significa? João 1 nos diz que Deus se fez carne e era cheio de graça e verdade em Jesus. A verdade é que Jesus é Deus. Isso é esclarecedor. O cristianismo é a única religião na qual Deus desce até os homens e se torna um deles. Em todas as outras religiões o homem tem que construir seu caminho até Deus. A verdade é Jesus, a verdade é uma pessoa, e a verdade morreu em nosso lugar, pelos nossos crimes, e em troca nos dá vida.
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Deus se condescende até os homens e morre por nós. Isso é graça. Não se trata de uma oração especial ou uma palavra-chave que dizemos nos portões perolados. No cristianismo, a verdade é essencialmente revelada em uma Pessoa, Jesus, cheio de graça e verdade. Em todas as outras religiões, Deus é impessoal, mas no cristianismo encontramos Deus em Jesus, o qual é maravilhosamente esclarecedor e comovente.
O cristianismo deveria nos tornar persuasivamente tolerantes
Por fim, Jesus é a Vida. Como se não fosse o bastante ser o nosso caminho, incrivelmente humilde, e a verdade, verdadeiramente esclarecedora, Jesus oferece não apenas sua morte, mas a sua vida. Que vida? Mais tarde, em João, Jesus diz que ele é a ressurreição e a vida, e que aquele que crê nele, ainda que morra, viverá (11.25). Ele desce até o vale para sofrer a nossa morte e levanta-se dentre os mortos do outro lado do vale, onde prepara um novo lugar para desfrutarmos a vida com ele para sempre. A esperança dessa vida deveria invadir a vida dos cristãos hoje, nos tornando persuasivamente tolerantes.
Não minimizamos as diferenças entre as religiões. Nós as reconhecemos. A vida de Cristo produz verdadeira humildade em nós. Mas ela também produz verdadeiro esclarecimento. Viemos a compreender a graça de Deus, que constrói seu caminho para baixo até nós, morre por nossas falhas morais e religiosas, e nos oferece vida. Se isso é verdade, temos que humilde e amavelmente tentar persuadir os outros a acreditar em Jesus, que sozinho oferece a maravilhosa promessa do caminho até Deus, a verdade de Deus, e a vida de Deus.
O coração do evangelho
No final, não importa quão legal ou moral uma pessoa é, pois ela não consegue ser legal ou moral o suficiente para pagar por sua rejeição por Deus. Ou somos rejeitados, ou nos voltamos para Jesus, que foi rejeitado por nós. Esse é o coração do evangelho. Jesus dá a sua própria vida para aqueles que o rejeitam, para os seus inimigos, para aqueles que não acreditam nele, e ele oferece-lhes perdão. Extraordinário! Por que rejeitaríamos tal homem?
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Ao invés de ser obscurecido, Jesus é verdadeiramente esclarecedor como o Deus que é cheio de graça e verdade. Ao invés de arrogância, deveríamos ser incrivelmente humildes graças a Jesus, ele criou o caminho até Deus para nós à custa de sua própria morte. Finalmente, ao invés de intolerância, deveríamos ser persuasivamente tolerantes por causa de Jesus, reconhecendo nas pessoas a possibilidade da incredulidade em Cristo, mas pleiteando com eles para acreditarem em Cristo, tendo assim a vida verdadeira.
Dúvida e fé
Por fim, você deve decidir onde colocar sua fé. Tanto o pluralismo religioso quanto o cristianismo requerem fé. Leslie Newbigin disse: “A dúvida não é autônoma”. O que ele quis dizer é que você não pode duvidar sozinho. Não podemos duvidar de algo sem colocar nossa fé em outra coisa. Você duvida de Jesus e crê no pluralismo, ou você crê em Jesus e duvida do pluralismo. Você não pode dizer “eu acredito que Jesus é o único caminho” e dizer que “eu acredito que todas as religiões levam a Deus”. Então, você colocará sua fé em Jesus que é o caminho, a verdade e a vida? Ou você colocará sua fé no pluralismo religioso? Espero que você escolha Jesus.
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