Sei que sou pecador

Sei que sou pecador
“ Resolvi que […] nunca permitirei que o tomar conhecimento dos pecados dos outros me venha trazer algo mais do que vergonha sobre mim mesmo e uma oportunidade de poder confessar meus próprios pecados e miséria a Deus.” (Jonathan Edwards)
No início do ano de 1722, o jovem Jonathan Edwards, decidido a servir a Jesus com toda sua vida, escreveu uma lista com algumas diretrizes que o guiariam da forma que, a seu ver, mais agradasse a Deus e mais aproveitasse a ele. Ao longo dos anos, Edwards aumentou sua lista e se aperfeiçoou na disciplina e no cuidado de guardar os mandatos de Deus, se tornou um pastor muito influente na sociedade e hoje é considerado, por muitos, o último e maior dos puritanos.
O trecho acima transcrito faz parte daquelas belas resoluções. Mas o que levou aquele jovem a pensar de forma tão radical quanto a si mesmo? Certamente foi a leitura da palavra de Deus. Ao lermos o que as Escrituras nos ensinam sobre o ser humano, descobrimos que todos somos pecadores e carecemos da glória de Deus [Romanos 3.23]. Ninguém pode se gloriar de sua posição, pois todos são culpados diante do Senhor e inimigos do bem [Romanos 3.9-18].
Necessidade de arrependimento
Considere essas palavras de Jesus aos sacerdotes de sua época: “Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no Reino de Deus, pois João veio a vós no caminho da justiça, e não lhe deste crédito, mas os cobradores de impostos e as prostitutas creram nele; vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para crerdes nele” (Mt 21:31-32). Para Jesus, a questão mais importante, que poderia dizer se alguém iria (ou não) entrar no Reino de Deus, não era se ela era pecadora ou não. Já dissemos que todos são pecadores. A questão é se atendemos à pregação de Jesus e de João Batista, que preparou o seu caminho: “Arrependam-se e creiam no evangelho de Deus” (Mc 1.14-15)
Quando João Batista e Jesus pregaram que todos precisavam de se arrepender e crer no único salvador, Jesus Cristo, que poderia torná-los aceitáveis diante de Deus, muitos se opuseram a eles. Enquanto isso, muitos se humilharam e entenderam que, sem o sacrifício de Jesus, suas vidas nunca seriam agradáveis a Deus.
Quando ouvimos as palavras “pecador” e “necessidade de arrependimento”, devemos, à semelhança de Edwards, pensarmos primeiramente em nós mesmos e confessarmos nossa dependência de Deus. Mesmo aqueles que já se identificaram como pecadores, que crêem que Jesus é salvador, precisam se lembrar de que dependem completamente do perdão de Deus. Jesus deve ser entendido e adorado como o único salvador.
Como vimos, Edwards, mesmo perseguindo o crescimento em santidade – e provou muitas bênçãos por isso –, não se sentia minimamente superior aos outros pecadores. Na verdade, treinar-se para reconhecer-se pecador e indigno é um princípio valioso para a vida cristã santa e piedosa e o maior remédio para o orgulho e a auto-justificação, que tentam subtrair a glória de Deus.

Jonathan Edwards
Jonathan Edwards

“ Resolvi que […] nunca permitirei que o tomar conhecimento dos pecados dos outros me venha trazer algo mais do que vergonha sobre mim mesmo e uma oportunidade de poder confessar meus próprios pecados e miséria a Deus.” (Jonathan Edwards)

No início do ano de 1722, o jovem Jonathan Edwards, decidido a servir a Jesus com toda sua vida, escreveu uma lista com algumas diretrizes que o guiariam da forma que, a seu ver, mais agradaria a Deus e mais aproveitaria a ele. Ao longo dos anos, Edwards aumentou sua lista e se aperfeiçoou na disciplina e no cuidado de guardar os mandatos de Deus, se tornou um pastor muito influente na sociedade e hoje é considerado, por muitos, o último e maior dos puritanos.

O trecho acima transcrito faz parte daquelas belas resoluções. Mas o que levou aquele jovem a pensar de forma tão radical quanto a si mesmo? Certamente foi a leitura da palavra de Deus. Ao lermos o que as Escrituras nos ensinam sobre o ser humano, descobrimos que todos somos pecadores e carecemos da glória de Deus (Romanos 3.23). Ninguém pode se gloriar de sua posição ou condição, pois todos são culpados diante do Senhor e inimigos dele e do bem (Romanos 3.9-18).

Necessidade de arrependimento

Considere essas palavras de Jesus aos sacerdotes de sua época: “Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no Reino de Deus, pois João veio a vós no caminho da justiça, e não lhe deste crédito, mas os cobradores de impostos e as prostitutas creram nele; vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para crerdes nele” (Mt 21:31-32). Para Jesus, a questão mais importante, que poderia dizer se alguém iria (ou não) entrar no Reino de Deus, não era se ela era pecadora ou não. Já dissemos que todos são pecadores. A questão é se atendemos à pregação de Jesus e de João Batista, que preparou o seu caminho: “Arrependam-se e creiam no evangelho de Deus” (Mc 1.14-15)

vergonha

Quando João Batista e Jesus pregaram que todos precisavam de se arrepender e crer no único salvador, Jesus Cristo, que poderia tornar-nos aceitáveis diante de Deus, muitos se opuseram a eles. Enquanto isso, muitos se humilharam e entenderam que, sem o sacrifício de Jesus, suas vidas nunca seriam agradáveis a Deus.

Quando ouvimos as palavras “pecador” e “necessidade de arrependimento”, devemos, à semelhança de Edwards, pensarmos primeiramente em nós mesmos e confessarmos nossa total dependência de Deus. Mesmo aqueles que já se identificaram como pecadores, que crêem que Jesus é salvador, precisam se lembrar de que dependem completamente do perdão de Deus. Jesus deve ser entendido e adorado como o único salvador.

Como vimos, Edwards, mesmo perseguindo o crescimento em santidade – e provou muitas bênçãos por isso –, não se sentia minimamente superior aos outros pecadores. Na verdade, o contínuo esforço e treinamento para reconhecer-se pecador e indigno é um princípio valioso para a vida cristã santa e piedosa. Além disso, é o melhor remédio para o orgulho e para a auto-justificação, que tentam subtrair a glória de Deus.

Que Deus nos dê humildade e total confiança no sacrifício de Jesus.

Gustavo Vilela