Foi Isaac Newton que escreveu a famosa frase, “Se vi mais longe foi por estar sobre os ombros de gigantes.” Ao dizer isso, ele fala a respeito da sua dependência das grandes mentes que vieram antes dele. Quais fossem os avanços que ele foi capaz de fazer, ele reconhecia que baseava seu trabalho no daqueles que vieram antes dele, dando a ele melhores vistas dos caminhos que ele deveria subir.
Estamos bem familiarizados com esse princípio na vida cristã. E se não estamos, deveríamos. Eu posso alcançar grande progresso em minha caminhada cristã, no meu dia-a-dia, lendo as percepções daqueles que vieram antes de mim, e que há muito tempo atingiram a gloriosa linha de chegada depois de uma vida de fidelidade.
Hoje, eu queria reunir uma série de citações com as quais me deparei recentemente. Descobri algumas enquanto aproveitava algumas leituras de lazer nessas festas de fim de ano. Outras eu encontrei enquanto trabalhava em um projeto de pesquisa para o seminário. E outras eu me deparei no meu Facebook e Twitter, onde alguns amigos compartilharam comigo. É através da leitura de gigantes espirituais como esses – estando sobre seus ombros – que eu sou ajudado na minha adoração a Cristo. Assim, eu quero compartilhar algumas delas com vocês. Leia-as com calma. Absorva. Espero que seja encorajador.
Thomas Brooks: “Não é o que lê mais, mas o que medita mais, que se revelará o mais seleto, doce, sábio e forte Cristão.”
John Owen: “A glória e a excelência que habitam na comunhão espiritual da alma com Deus, pela graça do Espirito Santo, na relação celeste entre Deus e seus santos em sua adoração faz com que toda a beleza do mundo se esvaia e transforme-se em nada, e traz toda a pompa externa de uma adoração cerimoniosa em desprezo.”
Thomas Manton: “O Favor de Deus é a vida de nossas almas, e Seu descontentamento é nossa morte… O mundo inteiro sem isso não pode fazer um homem feliz. De que adianta se o mundo inteiro sorrir para nós, e Deus fechar a cara e se irar conosco? Todas as velas do mundo não fazem dia; nem todas as estrelas brilhando juntas não conseguem dissipar as trevas da noite e fazer dia, a menos que o sol brilhe; assim, qualquer conforto que tenhamos em uma natureza superior ou inferior, elas não podem fazer dia com um gracioso coração, a menos que a face de Deus brilhe sobre nós; pois Ele pode resplandecer tudo em apenas um instante.”
Wilhelmus à Brakel: “Tal é o nosso Deus, que não apenas é autossuficiente mas que com a sua autossuficiência pode preencher e saturar a alma a uma medida tão transbordante que não necessite de nada mais a não ser Deus como sua porção. A alma assim favorecida é preenchida com essa luz, amor e contentamento, que não deseja nada além disso. ‘Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra’ (Salmo 73.25).”
Jonathan Edwards: “O prazer de ver Deus é tão maravilhoso e forte que toma conta de todo o coração, o preenche completamente, de modo que não haverá espaço para nenhuma tristeza, nenhum quarto em nenhum canto para nada diferente de contentamento. Não há escuridão que possa suportar essa poderosa luz. É impossível que aqueles que veem Deus face a face, que contemplem a sua glória e amor como eles fazem no céu, tenham qualquer tristeza ou dor em seus corações.”
John Owen: “Ó, o contemplar a glória de Cristo! … Nisto eu iria viver; nisto eu iria morrer; nisto eu iria morar com meus pensamentos e afeições… até que tudo abaixo se torne uma coisa morta e deformada, indigna de afeições e abraços afetuosos.”
John Owen: “A alma que pode ser satisfeita sem [contemplar a glória de Cristo], e que não pode ser eternamente satisfeita com isso, não é parte da eficácia de Sua intercessão.”
Richard Sibbes: “Melhor estar em tribulações com Cristo do que em paz sem Ele.”
John Owen: “Nesse gozo e deleite reside a doçura e a satisfação da vida espiritual. Noções especulativas sobre coisas espirituais, quando estão sozinhas, são secas, sem vigor, e estéreis. Nesse deleite nós experimentamos pela experiência que Deus é gracioso, e que o amor de Deus é melhor do que o vinho, ou qualquer outra coisa que possa proporcionar o prazer de um apetite sensual. Esse é o próprio fundamento da ‘alegria que é inexplicável e cheia de glória.’”
Jonathan Edwards: “Então virá o tempo quando Cristo docemente vai chamar sua noiva para entrar com ele no reino de sua glória que ele tem preparado para ela desde a fundação do mundo e irá, por assim dizer, levá-la pela mão, levá-la com ele: e o glorioso noivo e a noiva irão, com todos os seus brilhantes ornamentos, ascender juntos ao céu dos céus; toda a multidão de gloriosos anjos estarão esperando por eles: e esse Filho e filha de Deus irão, na unida glória e alegria, apresentar-se juntos perante o Pai; quando Cristo irá dizer, ‘Aqui estou, e os filhos que me deste’: e ambos irão, nessa relação e união, juntos, receber a benção do Pai; e daí em diante irão se alegrar juntos, em consumada, ininterrupta, imutável e eterna a glória, no amor e na presença um do outro, e na fruição conjunta do amor do Pai.”