Fala galera! Para quem não sabe, essa semana está acontecendo a conferência The Gospel Coalition, uma das maiores conferências dos EUA, com a presença de pastores e mestres como John Piper, D.A.Carson e David Platt. Para aqueles que sempre quiseram participar desse grande evento, nesta semana postaremos alguns resumos de nosso correspondente especial, Rafael Bello.
Os posts normais continuaram, enquanto a cobertura ficará com [The Gospel Coalition] no nome, narrando o que aconteceu por lá.
Aí vão os resumos da pré-conferência, algumas palestras iniciais que aconteceram no domingo.
Sessão Tópica – Michael Oh – O sofrimento do indivíduo e a salvação do mundo – Salmo 22
Deus é e sempre será fiel ao Seu povo. Coorporativamente e individualmente por meio do seu sofrimento Ele trará louvor ao seu nome.
Assim como nossa mãe deixa cair um pouco de sopa quente em nossa pele nós choramos mais pelo fato de ter sido nossa mãe do que pela dor em si, Davi está triste pois Deus parece trazer o sofrimento.
Quando entendemos que o sofrimento vem de Deus a dor parece ser maior. Vamos ver o que o texto diz, entretanto:
1. Deus está no controle de tudo
2.Sofrimento faz parte do bom plano de Deus.
Precisamos entender que sofrimento foi projetado para não crentes. Assim como quando alguém não sente dor física, ele não tem ideia do que está acontecendo com seu corpo, quando alguém não sofre, ela não acha que precisa de Deus.
Temos de entender que o sofrimento aponta para a necessidade de Jesus.
Mas o sofrimento também foi projetado para os cristãos. Muitos cristãos tem tentado viver a vida cristã sem dor. E os três tipos de sofrimento ainda nos atingem e alcançam também:
2.1 Consequência do pecado
2.2 Sofrimento comum (algo do tipo graça comum)
2.3 O sofrimento de Cristo – Sofrer para Jesus é a razão para servi-lo
Em missões muitas vezes os que vão são poucos não porque Deus não está levantando gente, mas porque a Igreja não quer enviar. Algumas pessoas querem ir, mas os que enviam amam o dinheiro.
Dinheiro é importante. É como sangue, foi feito para fluir em nós. Se o sangue para de fluir, nós morremos. Que sejamos generosos com nossas posses.
3. Adoração é primária e não missões.
Se isso quisesse dizer que era um adoração individual, então iríamos para o céu assim que crêssemos em Cristo. Entretanto é plano de Deus: Proclamação. E proclamação envolve sofrimento.
4. Nosso sofrimento não foi projetado somente para nossa santificação, mas para a proclamação da glória de Deus.
Ao sofrermos proclamamos as glórias da graça de nosso Deus. Sofrimento leva à proclamação global. Isso é ainda mais verdade na proclamação na vida de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Assim como o sofrimento de um gerou salvação, assim também, quando sofremos somos como Jesus proclamando o seu amor.
Deus não somente permitiu sofrimento, mas ordenou isso. Em última análise, para que Jesus Cristo pudesse sofrer por nós.
Sessão Tópica – Stephen Um – Jesus e Justiça
Nós batalhamos e brigamos para que a justiça do nosso lado seja estabelecida.
De qualquer forma, nós temos um senso inato da justiça.
Dentro da teologia existe muita disputa sobre qual a missão da igreja. Essa missão envolve justiça?
Independente do seu lado da equação da disputa, devemos lutar pela justiça, pois o mundo está cheio de injustiça e porque Deus é justiça.
1.Achando a Justiça
1.1 Justiça está baseada no caráter de Deus (Dt 10, Dt 32.4, Sl 140.12).
1.2 Justiça e motivada pela graça. No AT, porque Deus liberou o povo do Egito, eles devem agir com justiça.
1.3 Justiça é holística. Ela atinge o homem como um todo.
1.4 Justiça é radical. Não fazemos justiça para que recebamos algo de alguém, mas porque é no caráter de Deus
1.5 Justiça é universal. Ela é para todos.
1.6 Justiça é eternamente significante.
2. Como nós negamos a justiça?
2.1 Olhando para o externo ao invés do interno. Em Lucas 18, Jesus contrasta o interior do fariseu e do publicano.
2.2 Achando que os padrões de justiça são “fazíveis” e não radicais. Devemos ver que os padrões da justiça são radicais.
2.3 Sair dos padrões universais da justiça e nos limitar no escopo individual.
A forma de sermos radicais sobre justiça é sabermos que não recebemos a justiça de Deus, mas a misericórdia. Jesus recebeu a justiça por nós.
Sessão Plenária Expositiva #3 – John Piper -2Co 5.1-10
Missões não é a mesma coisa que evangelismo local.
Missões é o enviar de pessoas para plantar igrejas onde o nome de Jesus não é proclamado.
Nosso ministério é pela misericórdia. Assim como fomos convertidos pela misericórida, nosso ministério terreno também é na mesma forma: mostrando misericórdia.
4 razões em 2 Co 5.1-10 para termos coragem para irmos para missões mundiais:
- Realismo
- Ressurreição
- Reunião
- Recompensa
1. Realismo
Nossas expectativas tem de ser reais. Então devemos ajustar nossas expectativas para o ministério (versos 1-5). No realismo, temos 4 bolhas para estourar de expectativas irreais.
1.1 Paulo estoura a 1ª bolha ao falar que vivemos num tabernáculo temporário.
Ninguém confia muito num tabernáculo (tenda) por muito tempo. Devemos tratar essa vida como temporária e focar na eternidade.
1.2 Paulo estoura a 2ª bolha ao falar que esta tenda pode ser destruída (verso 2)
1.3 Paulo estoura a 3ª bolha ao falar sobre sofrimento
1.4 Paulo estoura a 4ª bolha ao falar do Espírito Santo de garantia do que vamos receber.
2. Ressurreição
“Se nossa tenda é destruída – Temos um edifício de Deus.” (Verso 1). Ao contrário do realismo de nossos corpos, nossa esperança é no edifício de Deus. Nesse edifício não estaremos nus (vv. 3-4), mas vestidos.
Paulo está dizendo que nossa libertação não é estar nu das roupas desta tenda, mas é estar vestido com as roupas que Deus nos dá.
Não vivamos pensando na tenda temporária, mas no edifício eterno.
Não estaremos mais numa casa feita por mãos na ressurreição. Paulo está se referindo a Marcos 14 quando Jesus disse que destruiria o templo feito com mãos humanas e construiría um edifício eterno.
Essa exortação esta na Bíblia porque amamos nossos corpos. Porém a Bíblia é maravilhosa ao prometer que teremos um corpo eterno. Não devemos nos apegar tanto ao corpo de uma forma que negligenciemos missões por medo de perdermos nossos corpos (temporários)
3. Reunião.
Se morrermos antes da ressurreição, então seremos unidos à Cristo (Versos 6-8).
O verso 8 nos protege de descartarmos nossos corpos irresponsavelmente (uma leitura que muitos fizeram do verso 4). Paulo está dizendo que a questão é que se for para morrer e descartar o corpo POR CRISTO, então realmente o corpo não tem valor comparativo agora.
4. Recompensa
Versos 9-10. Nossa recompensa também deve ser algo que nos motiva à tarefa missionária. Mas Paulo tem o foco correto ao saber que a maior recompensa é estar “fora do corpo para estar com o Senhor.”
Sim, o julgamento dos cristãos gera um temor em Paulo, mas esse temor do julgamento está balanceado com a alegria de estar com o Senhor.
Pedro também entendeu isso em 1 Pe 1.17 – Temos um Pai que que nos julgará, mas andamos com Ele com confiança!
Atos 9.31 – Andando no temor do Senhor a igreja era confortada.
Efésios 5.21, 2 Co 7.1
Não é paradoxo. É verdade Bíblica. Missionários que andam só com medo perdem a paixão e largam o Senhor. Missionários que têm o temor do Senhor e a alegria dEle.
Não devemos pensar que recompensa é contraditória ao evangelho. Devemos pensar que recompensa é o que Paulo diz em 1 Co 3.6-15.
Somos recompensados pelos atos de obediência em fé.
Somos julgados pelos atos que não vem da fé, pois sem fé é impossível agradar a fé. Esses atos serão queimados (atos que não vem da fé).