Mídias sociais para a glória de Deus
Dando prosseguimento…
7. Esteja ciente de seu tempo e sua atenção
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Como vinagre para os dentes e fumaça para os olhos, assim é o preguiçoso para aqueles que o mandam. (Pv 10.26)
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Em todo trabalho há proveito; meras palavras, porém, levam à penúria. (Pv 14.23)
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Quem é negligente na sua obra já é irmão do desperdiçador. (Pv 18.9)
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A preguiça faz cair em profundo sono, e o ocioso vem a padecer fome. (Pv 19.15)
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Diz o preguiçoso: Um leão está lá fora; serei morto no meio das ruas. (Pv 22.13)
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Passei pelo campo do preguiçoso e junto à vinha do homem falto de entendimento; eis que tudo estava cheio de espinhos, a sua superfície, coberta de urtigas, e o seu muro de pedra, em ruínas. Tendo-o visto, considerei; vi e recebi a instrução. Um pouco para dormir, um pouco para tosquenejar, um pouco para encruzar os braços em repouso, assim sobrevirá a tua pobreza como um ladrão, e a tua necessidade, como um homem armado. (Pv 24.30-34)
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O que lavra a sua terra virá a fartar-se de pão, mas o que se ajunta a vadios se fartará de pobreza. (Pv 28.19)
Essa pode ser uma questão que remete primordialmente a Deus para alguns mas que, quase com certeza, terá efeito sob outros, incluindo membros de famílias e empregadores (reais e potenciais, que estão agora, quase certamente – entre outras coisas – checando o seu perfil online). Você sabe quanto tempo está gastando nessas coisas? Existem ferramentas disponíveis para ajudá-lo a marcar o tempo que você gasta online. Paulo nos chama a andar “não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo; porquanto os dias são maus” (Efésios 5.15-16).
Uma das grandes distrações atuais são as mídias sociais, uma demonstração de que não é tempo o que nos falta, mas a habilidade de nos aplicarmos no tempo que possuímos. Qualquer nível de escravidão para com as mídias sociais provavelmente gerará um efeito negativo dramático em nossa diligência e produtividade. Isso pode se tornar uma desculpa para não progredir ou conquistar algo no que nós pitorescamente chamamos de “vida real” e essa vida real vai muito em breve demonstrar as marcas dessa distração e dissipação. A atividade nas mídias sociais pode dar a impressão de termos feito algo enquanto negligenciamos o que precisa ser feito. “Em todo trabalho há proveito, mas ficar só em palavras leva à pobreza”: eu não estou falando que não há espaço para descanso e alegria, para uma vasta variedade de humor apropriado, para uma quantidade sadia de bate-papo, como há entre amigos face a face, mas nós podemos dizer que nossa interação online é mais do que conversa ociosa? Ou estão nossas vidas governadas pela tagarelice vazia que é característica de tantas mídias sociais?
8. Cuidado com a imundície e frivolidade
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… para te livrar do caminho do mal e do homem que diz coisas perversas; dos que deixam as veredas da retidão, para andarem pelos caminhos das trevas; que se alegram de fazer o mal, folgam com as perversidades dos maus, seguem veredas tortuosas e se desviam nos seus caminhos; para te livrar da mulher adúltera, da estrangeira, que lisonjeia com palavras, a qual deixa o amigo da sua mocidade e se esquece da aliança do seu Deus; porque a sua casa se inclina para a morte, e as suas veredas, para o reino das sombras da morte; todos os que se dirigem a essa mulher não voltarão e não atinarão com as veredas da vida. Assim, andarás pelo caminho dos homens de bem e guardarás as veredas dos justos. Porque os retos habitarão a terra, e os íntegros permanecerão nela. Mas os perversos serão eliminados da terra, e os aleivosos serão dela desarraigados. (Pv 2.12-22)
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Filho meu, guarda as minhas palavras e conserva dentro de ti os meus mandamentos. Guarda os meus mandamentos e vive; e a minha lei, como a menina dos teus olhos. Ata-os aos dedos, escreve-os na tábua do teu coração. Dize à Sabedoria: Tu és minha irmã; e ao Entendimento chama teu parente; para te guardarem da mulher alheia, da estranha que lisonjeia com palavras. Porque da janela da minha casa, por minhas grades, olhando eu, vi entre os simples, descobri entre os jovens um que era carecente de juízo, que ia e vinha pela rua junto à esquina da mulher estranha e seguia o caminho da sua casa, à tarde do dia, no crepúsculo, na escuridão da noite, nas trevas. Eis que a mulher lhe sai ao encontro, com vestes de prostituta e astuta de coração. É apaixonada e inquieta, cujos pés não param em casa; ora está nas ruas, ora, nas praças, espreitando por todos os cantos. Aproximou-se dele, e o beijou, e de cara impudente lhe diz: Sacrifícios pacíficos tinha eu de oferecer; paguei hoje os meus votos. Por isso, saí ao teu encontro, a buscar-te, e te achei. Já cobri de colchas a minha cama, de linho fino do Egito, de várias cores, já perfumei o meu leito com mirra, aloés e cinamomo. Vem, embriaguemo-nos com as delícias do amor, até pela manhã; gozemos amores. Porque o meu marido não está em casa, saiu de viagem para longe. Levou consigo um saquitel de dinheiro; só por volta da lua cheia ele tornará para casa. Seduziu-o com as suas muitas palavras, com as lisonjas dos seus lábios o arrastou. E ele num instante a segue, como o boi que vai ao matadouro; como o cervo que corre para a rede, até que a flecha lhe atravesse o coração; como a ave que se apressa para o laço, sem saber que isto lhe custará a vida. Agora, pois, filho, dá-me ouvidos e sê atento às palavras da minha boca; não se desvie o teu coração para os caminhos dela, e não andes perdido nas suas veredas; porque a muitos feriu e derribou; e são muitos os que por ela foram mortos. A sua casa é caminho para a sepultura e desce para as câmaras da morte (Pv 7.1-27)
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A loucura é mulher apaixonada, é ignorante e não sabe coisa alguma. Assenta-se à porta de sua casa, nas alturas da cidade, toma uma cadeira, para dizer aos que passam e seguem direito o seu caminho. Quem é simples, volte-se para aqui. E aos faltos de senso diz: As águas roubadas são doces, e o pão comido às ocultas é agradável. Eles, porém, não sabem que ali estão os mortos, que os seus convidados estão nas profundezas do inferno. (Pv 9.13-18)
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O que lavra a sua terra será farto de pão, mas o que corre atrás de coisas vãs é falto de senso. (Pv 12.11)
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Até no riso tem dor o coração, e o fim da alegria é tristeza. (Pv 14.13)
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O coração sábio procura o conhecimento, mas a boca dos insensatos se apascenta de estultícia. (Pv 15.14)
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Cova profunda é a boca da mulher estranha; aquele contra quem o SENHOR se irar cairá nela. (Pv 22.14)
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Dá-me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos se agradem dos meus caminhos. Pois cova profunda é a prostituta, poço estreito, a alheia. Ela, como salteador, se põe a espreitar e multiplica entre os homens os infiéis. (Pv 23.26-28)
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Como o louco que lança fogo, flechas e morte, assim é o homem que engana a seu próximo e diz: Fiz isso por brincadeira. (Pv 26.18-19).
Novamente, antes que alguém me acuse de pietismo mal-humorado, permita-me deixar claro que nós estamos livres para nos engajarmos naquele regozijo saudável e legítimo que é bom para a alma (mas tenha em mente que banal e oco não é o mesmo que saudável e legítimo – quão engraçado é um gato que se parece com o Elvis depois de você olhá-lo por dezessete vezes?). Mas lembre-se do modus operandi, do modo de operação, do maligno: ele joga a partir da “concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida” (1 João 2.16) e as mídias sociais podem ser um poço dessas coisas apesar de todo o perfume que elas espalham.
Lembretes incidentais e intencionais para a imoralidade (imagens e palavras) estão em todos os lugares e os homens, em particular, são propensos a serem estimulados e treinados por esse imaginário; e o mundo está aprendendo a atrair mulheres para essa mesma rede mais efetivamente. Um notório jornal britânico é muito conhecido por sua ‘coluna lateral da vergonha’, ostentando um número fenomenal de cliques com uma base um tanto quanto óbvia especializada em mulheres nuas e fofocas lascivas.
Os anúncios que aparecem na maior parte dos sites não são diferentes – solteiras atraentes na sua área, alguém? E nós podemos ser tão bons em esconder isso: se alguém fosse calcular, por exemplo, as fotos dos seus amigos que você viu no facebook, qual seria a proporção daquelas que eram as mais atraentes fisicamente? Não seria essa uma tentação? Satanás pode usar isso para nos treinar a cumprir as suas ordens, especialmente quando nós podemos simplesmente continuar clicando, uma reação em cadeia pavloviana, cada clique do dedo provendo uma recompensa esperada – antes de irmos longe demais, nós passamos pelos níveis de algumas das piores obscenidades conhecidas ao homem.
Junto a isso, embora talvez menos perigoso de imediato, uma falsa e rasa brandura também pode prevalecer, uma espécie de superficialidade forçada, satisfazendo a frivolidade e vaidade. Um homem de Deus suplicou uma vez, “Não porei coisa má diante dos meus olhos” (Sl 101.3), e a maioria do que não é explicitamente indecente é, na melhor das hipóteses, dolorosamente vazio.
A sexta e última parte vem a seguir…