Todo ano, nessa época, eu faço um jugo.
Sim, me refiro ao tipo de “jugo” que você coloca numa vaca e usa para arar um campo usando um chapéu de palha caseiro. Alguns anos, eu gasto muito tempo com isso, mas outros anos eu apenas meio que faço apressadamente em alguns minutos. Então, quando ele está pronto, eu o coloco para funcionar e começo a arar.
Eu faço o meu jugo a partir de falhas passadas no último ano e esperanças futuras para o próximo. É um jugo de minha própria fabricação no qual o sucesso é igual a felicidade, conforto, paz e segurança. É um jugo no qual a falha é igual a desespero e arrependimento paralisante, e que me joga para baixo a cada falha sucessiva.
Em Mateus, Jesus nos oferece um jugo, mas um tipo de jugo completamente diferente: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” (Mateus 11.28-30).
O que faz desse jugo diferente? E como ele pode ser tão leve? É um jugo do evangelho.
Nós tomamos esse jugo não para expiar nossas falhas e pecados antigos, mas porque Jesus expiou todos os nossas falhas e pecados antigos.
Nós tomamos esse jugo não para ganhar o favor de Deus ou para finalmente alcançar felicidade, conforto, paz e segurança, mas porque Jesus é nossa felicidade, conforto, paz e segurança.
Isso significa que tomar o jugo de Jesus deveria sentir inacreditavelmente leve. E o próprio Jesus provê o poder para nós tomarmos o jugo (Fp 4.13). Ele nunca se cansa, Ele nunca fica sem fôlego, Ele nunca nos deixará, Ele nunca falha.
Rever o ano passado é algo bom. Fazer planos para o futuro é algo bom. Mas não deixemos essas coisas tornarem-se um sistema de expiação ou uma procura por realização. Em vez disso, corramos para Jesus e encontremos liberdade nele. E, então, permitamos essa liberdade para libertar-nos afim de correr arduamente atrás de coisas boas neste próximo ano.