[O post a seguir é parte de uma série abordando as questões mais comuns sobre como a crucificação de Cristo e a ressurreição de Cristo se relacionam entre si nas Escrituras.]
Pergunta 1: As igrejas e líderes do ministério Sovereign Grace frequentemente usam a frase “centrado na cruz”. Essa frase não leva a uma ênfase exagerada na cruz e a uma negligência a respeito da ressurreição?
Frases não são substitutos para teologia sistemática, e eu não acho que qualquer um de nós gostaria de ter nossa teologia diluída até um simples adjetivo. Porém, esta frase em particular reflete um padrão comum no Novo Testamento no qual “a cruz” funciona como um atalho para todas as várias facetas da obra expiatória de Cristo – a vida, a morte, a ressurreição e a ascenção.
Paulo, em particular, frequentemente fala desta forma quando descreve o que é que informa e anima sua vida e ministério: “Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo.” (Gálatas 6:14) e “Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado.” (1 Coríntios 2:2). Em 1 Coríntios 1:17, a cruz e o evangelho são preticamente sinônimos. É por isso que teólogos por séculos têm se referido à “obra de Cristo na cruz” ao falar de todo o complexo de seus atos redentivos. Então o uso da frase “centrado na cruz” não é nem biblicamente inconsistente, nem historicamente inovador.
Eu suponho que alguém poderia lidar com “a cruz” de tal forma que negligenciasse a ressurreição, mas suspeito que fazendo isso este alguém estaria pregando um tipo diferente de cruz – porque a cruz e a ressurreição são inseparáveis. A ausência de um drena ou distorce o significado do outro. Em nosso meio, eu acho que o uso desta frase é simplesmente uma tentativa de manter o evangelho central em nosso pensamento e pregação, e esperamos que na nossa vida também.
Traduzido por Daniel TC | iPródigo | Original aqui.