Uma defesa da ressurreição deve fornecer evidência da validade histórica dos eventos descritos no Novo Testamento e precisa mostrar como a ressurreição de Jesus provê a melhor explicação dessa data histórica.
Aparições Pós-Ressurreição
Em 1 Coríntios 15.3-8, Paulo diz que Jesus apareceu a Cefas, aos Doze, a mais de quinhentas pessoas de uma vez só, a Tiago, a todos os apóstolos, e finalmente, ao próprio Paulo. 1 Coríntios, uma carta autêntica, escrita por um homem familiar aos primeiros discípulos, afirma que pessoas viram Jesus após sua morte.
Por conta da especificidade dessa lista que Paulo apresenta, é razoavelmente indiscutível que Jesus realmente apareceu para essas pessoas que Paulo menciona. Todos os evangelhos falam das aparições pós-ressurreição de Cristo. Seria um tanto quanto ridículo sugerir que todos esses eventos foram alucinações. Poucos estudiosos argumentam, assim, que em diferentes ocasiões, diferentes grupos de pessoas viram Jesus. Assim, eles questionam se essas experiências foram de fato aparições físicas, corporais, de Cristo. Entretanto, Paulo não deixa nenhum espaço para interpretações “psicológicas” dessas experiências. Sua teologia do corpo ressurreto assegura que ele entendia que Cristo realmente, fisicamente, apareceu. E isso é confirmado pelos relatos dos evangelhos. À luz dessa evidência, você pode estar seguro do fato que Jesus apareceu para as pessoas mencionadas em 1 Coríntios 15 após sua ressurreição.
Uma explicação plausível
A ressurreição é a explicação mais plausível para as aparições pós-morte de Cristo. A alternativa – a hipótese da alucinação – não diz nada para explicar o túmulo vazio. Nem explica a crença dos apóstolos na ressurreição. Nas experiências típicas de experiências pós-morte, a pessoa que tem a experiência raramente pensa que a pessoa morta realmente retornou à vida. Como N. T. Wright argumenta, aparições pós-morte no mundo antigo seriam evidências mais para afirmar a morte do que a ressurreição de alguém.
Por causa da diversidade das aparições catalogadas, é altamente improvável que a teoria da alucinação se sustente. Assim, a ressurreição física de Jesus prova ser a melhor explicação para as aparições pós-morte descritas em 1 Coríntios 15.
A Origem da Fé Cristã
O fato de que o Cristianismo começou e cresceu é uma evidência para a ressurreição. William Lane Craig escreve: “Mesmo os estudiosos céticos do Novo Testamento admitem que os primeiros discípulos, pelo menos, acreditavam que Jesus tinha se levantado dos mortos.” Para os judeus, o Messias era visto como uma figura triunfante que reinaria no trono de Davi, não uma figura que seria crucificada e morreria.
A ressurreição desfez a catástrofe da crucificação. O Messias, que havia morrido, está vivo! A ressurreição verificou e validou as afirmações que Cristo havia feito sobre sua própria identidade. A origem do cristianismo se baseia unicamente no fato de que Jesus Cristo ressurgiu dos mortos.
Ao negar que a ressurreição foi a causa da fé cristã, uma explicação alternativa deve ser dada. Mas não há alternativa plausível. Assim, “Mesmo que assumamos, pelo bem da argumentação, que a tumba foi esvaziada de alguma forma e os discípulos tiveram alucinações – suposições que já provamos serem falsas – a origem da crença na ressurreição de Jesus não consegue ser explicada de forma plausível” (Craig).
Venham, vamos refletir juntos…
Há razão em acreditar que Jesus Cristo de fato ressurgiu dos mortos, vitorioso, no terceiro dia após sua morte. Nenhuma hipótese alternativa pode explicar adequadamente a tumba vazia, as aparições pós-morte de Jesus e a origem da fé cristã. Por essa razão, ninguém tem boas razões para não aceitar esse elemento mais central do Cristianismo.
Traduzido por Filipe Schulz | iPródigo.com | Original aqui