Todos nós somos teólogos.
Nossa teologia é essencialmente o sistema de crenças e pensamentos controladores que temos sobre Deus e sobre como nos relacionamos a ele. Portanto, novamente, todos nós somos teólogos. A diferença está em se nossa teologia é ou não intencionalmente (e crescentemente) moldada pela doutrina da Escritura.
Pensarmos ou não sobre Deus e sua vontade, da maneira fiel à sua Palavra, determina substancialmente se nos relacionaremos ou não com ele das maneiras que o agradam (cf. Cl 1.9-11). Somos o tipo de adoradores que ele realmente procura e quer? (Jo 4.22-24). Não deveria ser surpresa, portanto, que profundidade em conhecimento teológico é uma necessidade para ser um líder na igreja (p.ex.: Tt 1.9, Hb 5.11ss).
Adoração e experiência cristãs autênticas estão inescapavelmente firmadas na verdade/teologia bíblica (por exemplo, especialmente, no ensino de Jesus em passagens como Mt 5-7, Jo 17, e em todas as cartas do NT).
Você não pode chegar a um profundo e duradouro senso de certeza da salvação e paz com Deus à parte de um entendimento e apropriação de uma passagem da Escritura como Romanos 3-5.
Você não pode perseguir santidade e imitação de Cristo autênticas sem entender e aplicar passagens cruciais como Romanos 6, Efésios 4, Colossenses 3 e 1João 3-4.
Você não pode entender corretamente a verdadeira natureza da igreja, e portanto você não pode alcançar autenticamente sua verdadeira missão sem um profundo entendimento de passagens como Efésios 2-3 e as cartas pastorais.
Transformação espiritual autêntica depende de alinharmos nosso pensar (e “teologizar”) crescentemente com as Escrituras. Somos transformados, Paulo diz, pela renovação da nossa mente. E nosso Senhor diz que santificação acontece em conexão com a verdade – a verdade da Palavra de Deus.
Portanto, aqueles que desprezam a importância do pensamento, teologia, verdade bíblica e doutrina (“ensino” – cf. a Grande Comissão, Mt 28.18ss) têm cometido um erro crítico e fundamental – e eles devem arrepender-se (isto é, mudar sua mente). E aqueles que pensam em aceitar cargos de liderança na igreja de Cristo têm um chamado especial e particular para conhecer, viver e ministrar de acordo com o ensinamento bíblico (teologia). Isto se aplica a pastores, pastores líderes, pastores mestres, líderes de adoração, pastores junto a estudantes, ministros de criança, etc. Também se aplica a todo artista, vocalista, comediante e autor cristão que coloca-se intencionalmente em uma posição que influencie pessoas sobre como pensar sobre Deus.
Como meu próprio mentor no ministério me ensinou, o segundo mandamento significa que nós não somos livres para “imagenzar” (imaginar) Deus da maneira que quisermos; nós existimos para fixar a Imagem de Si mesmo que Ele tem dado em Sua Palavra (a Palavra escrita e a Palavra encarnada).
Não me diga: “ei, eu não sou teólogo…”. Sim, você certamente é. Todos somos. Mas nem todos somos intencional e crescentemente bíblicos em sua teologia. Ainda assim, todos nós deveríamos.
Traduzido por Josaías Jr | iPródigo