O valor de estar com os amigos

O valor de estar com os amigos
Jim Elliff
Eu acabei de conversar com uma moça da Alemanha sobre seus filhos que estão na faculdade, enquanto meu amigo libanês esperava para falar comigo. Os dois trabalham aqui no café onde estou escrevendo esse texto. Um pouco antes disso, conversei com alguns conhecidos da Coréia do Sul, donos de uma empresa de camisetas no centro da cidade. Os negócios não estão indo muito bem ultimamente, mas eles sorriem e conversam comigo sempre que estou por lá.
Eu conheci, nessa manhã, outra coreana que trabalha aqui no café. Foi nossa primeira conversa, apesar de já termos nos cumprimentado uma vez ou outra. Ela está aqui no país há cinco meses e, pra minha surpresa, é professora da Escola Dominical da igreja coreana da cidade.
Isso não é tudo. Ainda mais cedo hoje, encontrei com meu dentista para um aconselhamento aqui mesmo onde estou. E antes disso, tive uma excelente conversa com um engenheiro civil de Parkville, a pequena cidade na região metropolitana de Kansas City onde eu tenho meu escritório. Encontrei com outro amigo e discutimos um pouco sobre assuntos de espiritualidade um pouco antes disso. Ele é gerente da loja de livros cristãos. Dei um curto ‘alô’ com a minha esposa quando ela passou um pouco depois. E ainda tive a chance de cumprimentar outro amigo que também costuma freqüentar esse café. É o massagista da cidade.
Construir relacionamentos – esse é o valor de estar com os amigos. Estou fazendo um esforço para alcançar isso, e eu recomendo a você que faça o mesmo. Não é simplesmente estar com as pessoas de qualquer forma, claro, mas existe um tipo de tempo que você passa com seus amigos, com propósitos, que agrada a Deus, a meu ver.
Não tem muito tempo que eu escrevi em meu caderno de anotações, onde eu guardo observações a respeito do que eu leio e penso: “é uma questão interessante: o que Jesus faria em uma semana qualquer?”
Essa simples questão foi respondida após ler o livro de Mateus. Escrevi 14 páginas de observações a respeito da vida cotidiana de Cristo, especialmente, sobre como ele gastava seu tempo. Cheguei à conclusão que, basicamente, o que Jesus fazia era estar com os amigos. Claro, era uma forma “divina” de estar com os amigos.
Cristo constantemente estava em algum lugar de uma pequena área, especialmente ao redor de Cafarnaum, onde ele considerava sua cidade, e em Betânia, onde moravam Lázaro, Maria e Marta, um lugar muito legal ao sul de Jerusalém. Ele nunca ‘cumpriu horário’ ou teve um escritório. Ele sempre comia fora. E não parece que ele tenha participado de alguma reunião organizacional. Ele passava muito tempo com seus seguidores, jantou com “pecadores”, respondeu muitas perguntas, ensinou quando havia multidões ou um pequeno grupo por perto, tirava algum tempo especial para orar, se afastar, e manter o foco, fez uso das sinagogas para levantar questões, curou, e realizou milagres. Parece que a maior parte do seu tempo foi usada apenas para estar em meio às pessoas, e nesse contexto, ele fez o que foi enviado para fazer. Paulo, obviamente, agia de forma muito parecida.
Agora, nós temos que ir ao trabalho. E ele, em si mesmo, é um campo missionário. E eu não pretendo dizer que você não deva trabalhar nem encarar seu trabalho como tal. Mas, por algum motivo, nós nos esquecemos o quão importante é estar no meio das pessoas de uma forma que surjam conversas relaxantes e amigáveis, ou até algumas intensas e filosóficas. Como o fogo que nasce de uma fagulha em palha seca, Deus pode, e vai, fazer coisas através de nós, poderosamente, quando estamos “no contexto” daqueles que mais queremos que sejam impactados por nossa mensagem. Nós precisamos ter lugares informais para encontrar pessoas. Os frutos disso são bons demais para serem relevados.
Se Deus plantou seu amor e o fruto de seu espírito em você, essa obra maravilhosa de Deus é imensamente desperdiçada se nos mantivermos afastados das pessoas. Quando um homem ou uma mulher está cheio do caráter divino, isso deve ser demonstrado, ou você estará “escondendo a luz debaixo de uma vasilha” (Mateus 5.15). Se alguém está em Cristo (e você está), então deixem que observem isso no contexto apropriado. “Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus.” (Mateus 5.16)
A idéia é a seguinte:
1. Encontre um lugar perto de onde vive, ou mais de um, para passar um tempo. Isso é mais fácil para alguns. Eu sempre ficava um tempo na lanchonete local. Para muitos, isso vai ter que ocorrer cedo de manhã, antes do trabalho, mas outros conseguiram investir um pouco mais de tempo. Durante a manhã é quando normalmente aparecem os ‘de sempre’, que são os mais fáceis de criar algum laço.
2. Aprenda o nome das pessoas que você conhece. É bom até anotar esses nomes em algum lugar para não esquecer.
3. Leve sua Bíblia e passe algum tempo lendo-a, anotando observações eu seu caderno, ou lendo algum bom livro cristão.
4. Mantenha sempre um ar amigável. Converse com as pessoas. Se apresente, e descubra mais sobre os outros. Mantenha o foco da conversa neles. Eles também vão querer saber de você.
5. Busque chegar ao nível das conversas filosóficas. Em que esses seus amigos acreditam a respeito de questões importantes como vida e morte? Isso ajudar a aprofundar relacionamentos.
6. Você vai perceber que eles também ficaram curiosos sobre o que você acredita. Fale abertamente sobre suas crenças e o que você pensa da vida.
7. Faça amizades, reais, que serão importantes para você não importa qual sejam suas preferências espirituais. Ame-os.
8. Se você ler alguma coisa interessante que seja legal para mostrar, faça isso, especialmente se tem alguma coisa a ver com o verdadeiro amor de sua vida, Jesus Cristo.
9. Deixe Deus trabalhar. Cristãos fazem a diferença! Você pode ajudar um amigo cristão ou uma pessoa que não tenha uma pontinha sequer de espiritualidade. Você nunca sabe o que Deus pode estar fazendo. O mundo reage e responde a cristãos “iluminados”.
Se você tivesse apenas três anos para impactar o mundo, o que você faria? Jesus passou seus três anos em constante movimento, estando com as pessoas o máximo de tempo possível, e se afastando sempre que necessário para orar e meditar. Ele deu atenção especial aos discípulos, mas, de qualquer forma, Jesus estava aqui pelas pessoas.
Eu imagino que minha proposta por ser mal entendida em um mundo que considera muito a produção. Muitos medem sua importância pelo quão ocupados eles aparentam ser. Bom, eu tenho muito que fazer, e minha esposa algumas vezes me acusa de ser viciado no trabalho, mas tenho visto as coisas de outra forma ultimamente. Eu quero ser mais parecido com Cristo, que sentia que era de suma importância estar com as pessoas sempre que possível.
E, veja bem, eu escrevi esse artigo enquanto estava fazendo exatamente isso!
Jim Elliff
Jim Elliff

Eu acabei de conversar com uma moça da Alemanha sobre seus filhos que estão na faculdade, enquanto meu amigo libanês esperava para falar comigo. Os dois trabalham aqui no café onde estou escrevendo esse texto. Um pouco antes disso, conversei com alguns conhecidos da Coréia do Sul, donos de uma empresa de camisetas no centro da cidade. Os negócios não estão indo muito bem ultimamente, mas eles sorriem e conversam comigo sempre que estou por lá.

Eu conheci, nessa manhã, outra coreana que trabalha aqui no café. Foi nossa primeira conversa, apesar de já termos nos cumprimentado uma vez ou outra. Ela está aqui no país há cinco meses e, pra minha surpresa, é professora da Escola Dominical da igreja coreana da cidade.

Isso não é tudo. Ainda mais cedo hoje, encontrei com meu dentista para um aconselhamento aqui mesmo onde estou. E antes disso, tive uma excelente conversa com um engenheiro civil de Parkville, a pequena cidade na região metropolitana de Kansas City onde eu tenho meu escritório. Encontrei com outro amigo e discutimos um pouco sobre assuntos de espiritualidade um pouco antes disso. Ele é gerente da loja de livros cristãos. Dei um curto ‘alô’ com a minha esposa quando ela passou um pouco depois. E ainda tive a chance de cumprimentar outro amigo que também costuma freqüentar esse café. É o massagista da cidade.

Construir relacionamentos – esse é o valor de estar com os amigos. Estou fazendo um esforço para alcançar isso, e eu recomendo a você que faça o mesmo. Não é simplesmente estar com as pessoas de qualquer forma, claro, mas existe um tipo de tempo que você passa com seus amigos, com propósitos, que agrada a Deus, a meu ver.

Não tem muito tempo que eu escrevi em meu caderno de anotações, onde eu guardo observações a respeito do que eu leio e penso: “é uma questão interessante: o que Jesus faria em uma semana qualquer?”

Essa simples questão foi respondida após ler o livro de Mateus. Escrevi 14 páginas de observações a respeito da vida cotidiana de Cristo, especialmente, sobre como ele gastava seu tempo. Cheguei à conclusão que, basicamente, o que Jesus fazia era estar com os amigos. Claro, era uma forma “divina” de estar com os amigos.

Cristo constantemente estava em algum lugar de uma pequena área, especialmente ao redor de Cafarnaum, onde ele considerava sua cidade, e em Betânia, onde moravam Lázaro, Maria e Marta, um lugar muito legal ao sul de Jerusalém. Ele nunca ‘cumpriu horário’ ou teve um escritório. Ele sempre comia fora. E não parece que ele tenha participado de alguma reunião organizacional. Ele passava muito tempo com seus seguidores, jantou com “pecadores”, respondeu muitas perguntas, ensinou quando havia multidões ou um pequeno grupo por perto, tirava algum tempo especial para orar, se afastar, e manter o foco, fez uso das sinagogas para levantar questões, curou, e realizou milagres. Parece que a maior parte do seu tempo foi usada apenas para estar em meio às pessoas, e nesse contexto, ele fez o que foi enviado para fazer. Paulo, obviamente, agia de forma muito parecida.

Agora, nós temos que ir ao trabalho. E ele, em si mesmo, é um campo missionário. E eu não pretendo dizer que você não deva trabalhar nem encarar seu trabalho como tal. Mas, por algum motivo, nós nos esquecemos o quão importante é estar no meio das pessoas de uma forma que surjam conversas relaxantes e amigáveis, ou até algumas intensas e filosóficas. Como o fogo que nasce de uma fagulha em palha seca, Deus pode, e vai, fazer coisas através de nós, poderosamente, quando estamos “no contexto” daqueles que mais queremos que sejam impactados por nossa mensagem. Nós precisamos ter lugares informais para encontrar pessoas. Os frutos disso são bons demais para serem relevados.

Se Deus plantou seu amor e o fruto de seu espírito em você, essa obra maravilhosa de Deus é imensamente desperdiçada se nos mantivermos afastados das pessoas. Quando um homem ou uma mulher está cheio do caráter divino, isso deve ser demonstrado, ou você estará “escondendo a luz debaixo de uma vasilha” (Mateus 5.15). Se alguém está em Cristo (e você está), então deixem que observem isso no contexto apropriado. “Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus.” (Mateus 5.16)

A idéia é a seguinte:

  1. Encontre um lugar perto de onde vive, ou mais de um, para passar um tempo. Isso é mais fácil para alguns. Eu sempre ficava um tempo na lanchonete local. Para muitos, isso vai ter que ocorrer cedo de manhã, antes do trabalho, mas outros conseguiram investir um pouco mais de tempo. Durante a manhã é quando normalmente aparecem os ‘de sempre’, que são os mais fáceis de criar algum laço.
  2. Aprenda o nome das pessoas que você conhece. É bom até anotar esses nomes em algum lugar para não esquecer.
  3. Leve sua Bíblia e passe algum tempo lendo-a, anotando observações eu seu caderno, ou lendo algum bom livro cristão.
  4. Mantenha sempre um ar amigável. Converse com as pessoas. Se apresente, e descubra mais sobre os outros. Mantenha o foco da conversa neles. Eles também vão querer saber de você.
  5. Busque chegar ao nível das conversas filosóficas. Em que esses seus amigos acreditam a respeito de questões importantes como vida e morte? Isso ajudar a aprofundar relacionamentos.
  6. Você vai perceber que eles também ficaram curiosos sobre o que você acredita. Fale abertamente sobre suas crenças e o que você pensa da vida.
  7. Faça amizades, reais, que serão importantes para você não importa qual sejam suas preferências espirituais. Ame-os.
  8. Se você ler alguma coisa interessante que seja legal para mostrar, faça isso, especialmente se tem alguma coisa a ver com o verdadeiro amor de sua vida, Jesus Cristo.
  9. Deixe Deus trabalhar. Cristãos fazem a diferença! Você pode ajudar um amigo cristão ou uma pessoa que não tenha uma pontinha sequer de espiritualidade. Você nunca sabe o que Deus pode estar fazendo. O mundo reage e responde a cristãos “iluminados”.

Se você tivesse apenas três anos para impactar o mundo, o que você faria? Jesus passou seus três anos em constante movimento, estando com as pessoas o máximo de tempo possível, e se afastando sempre que necessário para orar e meditar. Ele deu atenção especial aos discípulos, mas, de qualquer forma, Jesus estava aqui pelas pessoas.

Eu imagino que minha proposta por ser mal entendida em um mundo que considera muito a produção. Muitos medem sua importância pelo quão ocupados eles aparentam ser. Bom, eu tenho muito que fazer, e minha esposa algumas vezes me acusa de ser viciado no trabalho, mas tenho visto as coisas de outra forma ultimamente. Eu quero ser mais parecido com Cristo, que sentia que era de suma importância estar com as pessoas sempre que possível.

E, veja bem, eu escrevi esse artigo enquanto estava fazendo exatamente isso!

Jim Elliff é membro fundador e presidente da Christian Communicators Worldwide (CCW).


Traduzido por Filipe Schulz | iPródigo