Obs.: Para ver a resposta de Jeff Bethke aos comentários de Kevin DeYoung, clique aqui
Há um novo vídeo no Youtube virando um viral e ele é sobre Jesus e religião.
Especialmente sobre como Jesus odeia religião.
O vídeo – que em poucos dias foi de centenas de visitas a milhares e milhões – mostra Jefferson Bethke, que vive em Seattle, recitando uma poesia bem elaborada e acuradamente produzida. O argumento, de acordo com Bethke, é “enfatizar a diferença entre Jesus e a falsa religião”. Nos últimos dias, vi esse vídeo aparecer por todo Facebook. Vi algumas pessoas da minha igreja que gostaram. Algumas perguntaram o que eu acho. Outros me disseram que há algo estranho sobre o poema, mas não souberem articular muito bom o que é. Tentarei explicar o que é isso em um momento. Mas primeiro assista o vídeo você mesmo.
Antes de dizer qualquer coisa, permita-me dizer que Jefferson Bethke parece ser um jovem sincero que deseja que as pessoas conheçam a escandalosa graça de Deus. Estou certo de que ele diz a verdade quando fala em sua página no Facebook: “Eu amo Jesus, sou viciado na graça, e sou apenas um cara bagunçado tentando torná-lO conhecido”. Se eu o encontrasse face a face, aposto que eu gostaria de Jefferson e de sua honestidade e paixão. Aposto que ficaria encorajado por sua história e seu desejo de libertar pessoas das garras da religião de auto-ajuda e auto-justificação.
Ainda assim (você sabe que ia chegar nisso), em meio a tantas coisas verdadeiras nesse poema, há muito que é enganoso ou pouco proveitoso
Esse vídeo é o tipo de coisa que muitos cristãos mais jovens amam. Ele soa bem, bem feito e nos faz sentir-nos bem. Mas é verdadeiro? Essa é a questão que devemos sempre perguntar. E para responder essa questão, quero caminhar pelo poema lentamente, verso por verso. Não porque eu acho que essa é pior coisa de todos os tempos. Certamente não é. Não porque acho que esse vídeo gerará uma revolução mundial. Quero gastar algum tempo nisso porque Bethke capturou perfeitamente o temperamento e, em minha mente, a confusão de muitos dos jovens cristãos mais sinceros.
Verso 1
E se eu lhe disser que Jesus veio para abolir a religião?
E se eu lhe disser que votar num partido conservador não realmente era a missão dele?
E se eu lhe disser que ser conservador não significa que automaticamente você é um cristão?
E só porque você chama algumas pessoas de cegas
Isso não lhe dá visão automaticamente
Ok, a linha sobre os conservadores é um golpe baixo (se você votar neles) ou uma declaração profética (se você gosta de Jim Wallis – NT.: conselheiro espiritual de Barack Obama). Embora seja verdade que “conservador não signifique automaticamente cristão” e, em algumas partes dos EUA, essa pode ser uma palavra que os membros de igreja devem ouvir, duvido que colocar os direitistas em seu lugar é a questão mais séria de Seattle.
Mais importante é a abertura de Bethke: “Jesus veio abolir a religião”. Esse é o argumento central do poema. O argumento – e muitos poemas estão argumentando sobre algo – repousa na distinção rígida entre religião de um lado e Jesus do outro. Se esse argumento é justo vai depender de sua definição de religião. Bethke vê a religião como a tentativa do homem de merecer o favor de Deus. Religião é igual a autojustificação, orgulho moral e hipocrisia. Religião é totalmente Lei e nada Evangelho. Se isso é religião, então Jesus certamente é contrário.
Mas, não é isso que religião é. Podemos dizer que é o que se tornou para algumas pessoas ou o que entendemos que ela seja. Mas palavras ainda importam e não devemos simplesmente defini-las da maneira que quisermos. “Jesus odeia religião” comunica algo que “Jesus odeia a autojusticação” não diz. Dizer que Jesus odeia orgulho e hipocrisia não é novo. Dizer que ele odeia religião – ah, isso é legal. As pessoas ouvem “religião” e pensa em regras, rituais, dogma, pastores, sacerdotes, instituições. As pessoas amam Oprah, A Cabana e adesivos “tenho um lado espiritual, independente das religiões” porque o clima de nosso país é de que quer-se Deus, mas sem as estruturas que vêm com o cristianismo tradicional. Amamos o Jesus que odeia religião.
O único problema é que ele não odiava. Jesus era um judeu. Ele participou de cultos na sinagoga. Ele obedeceu os dias santos. Ele não veio abolir a Lei e os Profetas, mas cumpri-los (Mt 5.17). Ele fundou a igreja (Mt 16.18). Ele estabeleceu a disciplina eclesiástica (Mt 18.15-20). Ele instituiu uma refeição ritual (Mt 26.26-28). Ele ensinou seus discípulos a batizar pessoas e ensinar os outros a obedecer tudo que ele ordenou (Mt 28.19,20). Ele insistiu que as pessoas cressem nele e em certas coisas sobre ele (João 3.16-18; 8.24). Se religião é caracterizada por doutrina, mandamentos, rituais e estrutura, então Jesus não é seu garoto-propaganda do ódio à religião. Esse é o argumento central do livro que eu e Ted Kluck escrevemos anos atrás.
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A palavra “religião” aparece cinco vezes na versão ESV da Bíblia. É, em si mesma, uma palavra inteiramente neutra. Religião pode referir-se ao Judaísmo (At 26.5) ou à fé judaico-cristã (At 25.19). Religião pode ser ruim quando é fabricada (Cl 2.23) ou falha em domesticar a língua (Tg 1.26). Mas religião também pode ser boa, quando preocupa-se com viúvas, órfãos e pratica a pureza moral (Tg 1.27). A não ser que definamos a palavra para encaixar-se a nossos propósitos, simplesmente não há base bíblica para dizer que Jesus odiava a religião. O que se ganha ao usar esse palavreado, sem uma explicação ou alertas cuidadosos, será superado pelo que se perde quando damos a impressão de que religião é mistura que corrompe um relacionamento com Jesus.
Verso 2
Quero dizer, se a religião é tão boa, por que causou tantas guerras?
Por que constrói igrejas enormes, mas não consegue alimentar os pobres?
Diz às mães solteiras que Deus não as ama se elas já estão divorciadas
Mas no Velho Testamento, Deus realmente chamou pessoas religiosas de prostitutas
Essas alegações dizem muito pouco porque tentam dizer demais. Aconteceram guerras religiosas nos últimos dois mil anos? Sim. Aconteceram guerras por dinheiro, terra, egos, mulheres, escravidão, democracia, liberdade, comunismo, fascismo, nazismo, terrorismo e qualquer outra coisa que você imaginar? Sim. Mais ainda, se você quer culpar a religião pelos conflitos, não pode retirar Jesus facilmente da equação. Você pode não gostar das Cruzadas, mas muitos dos cruzados pensavam que estavam sinceramente lutando por Jesus ao tentar retomar a Terra Santa das mãos dos muçulmanos.
Mais importante, os cristãos precisam parar de perpetuar o mito de que nós basicamente grandes fracassos no mundo. Isso pode ganhar alguma atenção dos não-cristãos, mas não é verdade. Somos pecadores como todos os outros, portanto nosso registro é variado. Fomos estúpidos e egoístas por vários anos. Mas também temos sido o sal da terra. O avivamento evangélico na Inglaterra, no século XVIII, é grandemente reconhecido por evitar o tipo de banho de sangue que foi derramado na França durante a “iluminada” Revolução Francesa. Cristãos (e conservadores em geral) dão mais para causas de caridade que suas contrapartes seculares. Cristãos administram incontáveis abrigos, centros de gravidez, missões de resgate e estoques de alimentos. Cristãos cuidam de orfanatos, ajudam clínicas, cavam poços, plantam lavouras, ensinam crianças e combatem a AIDS por todo globo. Embora é sempre possível que façamos mais e possamos estar cegos para as necessidades ao nosso redor às vezes, não existe grupo de pessoas que fez mais pelos pobres que os cristãos. Se você souber de uma igreja com um monte de elevadores, mas nenhum dinheiro e nenhum coração junto aos feridos, então ataque essa igreja. Mas, precisamos parar com a autoflagelação e a difamação de que cristãos nada fazem pelo pobre. Quanto ao divórcio, isso é frequentemente (mas nem sempre) errado. Mesmo quando foi feito errado, há perdão quando as pessoas se arrependem. Que qualquer igreja que não pense ou demonstre haver espaço na cruz para mães solteiras ou divorciadas envergonhe-se.
E sobre a linguagem dura do Velho Testamento – fere dos dois lados. Todas as pessoas no Antigo Testamento, e em toda a área do antigo Oriente, eram pessoas religiosas. Alguns deles eram falsos e hipócritas e prostituídos. Alguns eram idólatras e adúlteros. Alguns realizam seus rituais e ignoravam as questões mais importantes da Lei. E alguns desses religiosos eram o remanescente de Deus, o povo santo de Deus e amigos de Deus. Nos dois testamentos, Deus não tem problema em repreender os religosos e nem problema em amá-los.
Verso 3
A religião pode pregar sobre graça, mas o que pratica é uma outra coisa
Tendem a ridicularizar o povo de Deus, como fizeram com João Batista
Eles não podem corrigir os seus problemas, e tentam apenas mascará-lo
Sem perceber que a religião é como jogar perfume sobre um caixão
O problema com a religião é que ela nunca chega no centro do problema
É apenas modificação de um comportamento, como uma longa lista de tarefas
É como se vestir bem por fora, parecendo bonito e arrumado
Mas é engraçado que eles faziam isso com as múmias
Enquanto o corpo apodrecia por baixo daquilo tudo
Já comentei que não acho que “religião” é o termo certo para o que Bethke está comentando. Mas ele fez um ótimo trabalho em descrever a falsa religião. Jesus recriminou os fariseus por serem “sepulcros caiados”, por parecerem-se belos por fora e cheios de pessoas mortas por dentro, por parecerem justos, mas serem cheios de hipocrisia e impiedade (Mt 23.27,28). É possível que igrejas e frequentadores tenham a reputação de estar vivos, mas na verdade estarem mortos (Ap 3.1). Algumas igrejas alegam amar a graça, mas tudo que elas te dão é legalismo. Bethke está atacando um problema real.
Verso 4
Não estou querendo julgar ninguém
Só estou dizendo que não adianta sair na rua com cara de crente, porque há um problema
Se a pessoas só sabem que você é cristão pelo seu Facebook
Quer dizer, em todos os outros aspectos da vida, você sabe que não tem lógica
É como dizer que você joga para um time só porque você comprou uma camisa oficial
Eu sei como é, pois já passei por isso, mas ninguém parecia se importar comigo
Agir como um garoto crente, enquanto é viciado em pornografia
No Domingo vai para a igreja, mas no sábado fica bêbado
Vivendo como se tivesse sido criado apenas para transar muito e se acabar na balada
Eu passei minha vida inteira construindo essa fachada bonita
Mas agora que conheço Jesus, me vanglorio em minha fraqueza
Eu queria que Bethke, e críticos como ele, admitissem que eles estão “julgando”. Ele está avaliando o cristianismo. Ele está criticando a igreja enquanto a examina. O poema inteiro é um julgamento duro sobre pessoas religiosas. Claro, julgar não é o mesmo que realizar um julgamento farisaico. Afinal, eu estou julgando esse poema. Logo, não acho que o Bethke está fazendo é errado. Só queria que ele não tentasse alegar um nível moral mais elevado.
Fora isso, esse é outro bom verso. Bethke conta sua própria história para provar que podemos ser realmente bons em enganar alguém incluindo a nós mesmos. Precisamos perceber que existem muitas pessoas em muitas de nossas igrejas que parecem ter tudo certo, mas não têm. Elas estão brincando consigo mesmas e não deveríamos encorajá-las a essa auto-ilusão.
Verso 5
Porque se a graça é como água, então a igreja deveria ser um oceano
Não é um museu para pessoas boas, é um hospital para doentes de alma
Isso significa que eu não preciso esconder meus erros, eu não preciso esconder meu pecado
Porque não depende de mim, eu é que dependo dEle
Veja bem, porque quando eu era inimigo de Deus, certamente não era um fã
Ele olhou para baixo e disser “eu quero esse cara”
É por isso que Jesus odiava religião, e chamou-os de “tolos”
Você não vê que seguir a Ele é melhor que seguir algumas regras
Agora vou deixar bem claro: Eu amo a igreja! Eu amo a Bíblia! E sim, eu acredito no pecado!
Mas, se Jesus fosse até a sua igreja, vocês o deixariam entrar?
Vale lembrar que ele foi chamado de glutão e beberrão por homens religiosos
Mas o filho de Deus nunca suportou autojustificação. Nem então e nem agora
Há muita coisa boa e umas poucas confusas nesse verso. A igreja deve ser um oceano de graça. Nós não temos de esconder nossos pecados diante de Deus. Isso não depende de nós. Deveríamos amar a igreja e a Bíblia, e acreditar que o pecado existe. Jesus morreu por nós enquanto ainda éramos pecadores. Jesus nunca apoiou a autojustificação. Tudo isso é maravilhosa e poderosamente verdadeiro.
Porém, permita-me levantar alguns pontos.
Primeiro, precisamos nos lembrar de que o propósito de um hospital é ajudar pessoas doentes a melhorarem. Tenho certeza de que Bethke concordaria com isso. Mas, não há indicação nesse poema de que a graça que perdoa é a graça que transforma. Seguir Jesus é mais que guardar regras, mas não é menos. Em um sentido, amar Jesus também é guardar regras. (João 14.15,21,23,24). Não estou certo de como o Jesus de João 14 se encaizaria no mundo do poema de Bethke.
Segundo, não há dignidade inerente em estar doente. Jesus ama a honestidade que reconhece o pecado, o odeia e abandona, mas ele não ama a autenticidade por si mesma. Temos de ser mais cuidadosos com nossa linguagem. Quando Paulo gloriou-se em sua fraqueza, ele gloriava-se em seu sofrimento, sua falta de grandeza e as provações que suportou (1 Co 2.3; 2 Co 11.30, 12.9). Ele nunca gloriou-se em sua tentação ou em seus pecados – passados ou presentes. Não foi isso que ele quis dizer com fraqueza. Ser doente não é a questão, mas ser perdoado e transformado.
Terceiro, os líderes religiosos odiavam Jesus, primeira e principalmente porque pensavam que ele era um blasfemo que ousou fazer-se igual a Deus (Mt 26.57-68; Mc 14.53-65; Lc 22.66-71; e menos claro em Jo 18.19-24). É verdade que muitos da elite religiosa acharam Jesus muito liberal em relação a suas refeições e conhecidos. Eles o chamaram de “glutão e beberrão” (Lc 7.34), embora não fosse nenhum dos dois. Mas eles também disseram que João Batista “tinha demônio” (Lc 7.33). Eles eram tão contrários ao asceticismo de João quanto estavam furiosos com a liberdade de Jesus. Mais que odiar a graça, os líderes judeus odiavam a verdade sobre Cristo e encontraram maneiras de rejeitar os mensageiros de Deus.
Verso 6
De volta ao assunto, uma coisa é vital mencionar: Jesus e a religião estão de lados opostos
Ele é obra de Deus, mas ela uma outra invenção de homens
Ele é a cura, mas ela é a infecção
A religião diz o que você deve fazer, Jesus diz o que Ele já fez
A religião diz “escravo”, Jesus diz “filho”
A religião coloca você em uma prisão, enquanto Jesus liberta você
A religião te deixa cego, mas Jesus faz você ver
E é por isso que a religião e Jesus são coisas tão diferentes
Não repetirei meus comentários iniciais sobre religião e Jesus, e se eles estão em “lados opostos”. Não creio que eles estejam. Fora esse ponto, Bethke fala a verdade nesse trecho. A diferença entre escravidão e filiação, prisão e liberdade, cegueira e visão são temas bíblicos.
Verso 7
Religião é o homem procurando Deus, o cristianismo é Deus procurando o homem
É por isso que a salvação é de graça e o [eu?] recebi o perdão
Não por causa dos meus méritos, mas apenas pela obediência de Jesus
Porque ele recebeu uma coroa de espinhos, e o sangue escorreu do seu rosto
Ele sofreu o que todos nós merecíamos, acho que é por isso que chamamos de “graça”
Ao ser assassinado, ele gritou: “Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem”
Porque quando estava pendurado na cruz, Ele estava pensando em você
Ele pagou por todos os seus pecados, e os levou com ele para o túmulo
É por isso que pra quem se ajoelha diante da cruz, Ele diz: “Vem, tem espaço pra mais um”
E a religião? Não, eu odeio isso. Na verdade, eu literalmente não suporto mais isso
Porque quando Jesus disse “está consumado”, eu acredito que estava mesmo
Há muita coisa boa nessa seção final. Ótima afirmação da obediência ativa de Jesus. Ótimo foco na cruz. Ótimo convite para pecadores virem a Cristo. Creio que Bethke compreende a justificação pela fé somente por meio da graça somente em Cristo somente. Gostaria de ter ouvido algo sobre a ira de Deus ser derramada na cruz em oposição a simplesmente “absorveu todo seu pecado”. Mas, dado o vídeo anterior de Bethke criticando Love Wins (NT: livro de Rob Bell que questiona os conceito cristão ortodoxo de inferno), é melhor dar o benefício da dúvida. Similarmente, não estou certo de que o melhor é enfatizar o que Jesus pensou sobre nós na cruz. A “alegria diante dele” em Hebreus 12.12 foi a alegria de estar sentado à destra de Deus, não a alegria de estar conosco, como Bethke defende em outro vídeo. Mas, esses pequenos pontos não negam a forte mensagem de graça e perdão.
Conclusão
Sei que escrevi um monte de palavras sobre um vídeo de YouTube que talvez ninguém esteja mais comentando daqui a um mês. Mas, como disse no início, há muita coisa útil no poema, misturado com muita coisa inútil – e algumas tão comuns – que achei válido o esforço de examinar a teologia em detalhe.
Os pontos fortes desse poema são os pontos fortes que vejo em muitos jovens cristãos – uma fé apaixonada, um foco em Jesus, um amor pela graça e um ódio por qualquer coisa falsa ou cheia de justiça própria. Os pontos fracos podem ser os pontos fracos da minha geração (e das mais recentes) – não falar o suficiente de arrependimento e santificação, uma tendência de subestimar a importância da obediência na vida cristã, uma visão unidimensional da graça, pouca consciência de que nosso Pai celestial talvez discipline seus filhos ou se entristeça por suas contínuas transgressões, e uma atração por frases de efeito ao invés de atenção às sutilezas.
Sei que a internet é um lugar gigante, mas um monte de pessoas estão conectadas a um monte de outras pessoas. Assim, quem sabe, talvez Jefferson Bethke leia esse texto. Se você o fizer, irmão, quero que saiba que eu amo o que você ama nesse poema. Eu assisti o seu testemunho e dou graças a Deus por Sua obra em tua vida. Eu amo o humilde desejo de ser honesto a respeito de suas falhas e de levar pessoas a Cristo. Eu amo o que você ama na igreja e na Bíblia. Amo que você deseje que as pessoas realmente entendam o Evangelho. Você tem coisas importantes a dizer e milhões de pessoas estão ouvindo. Apenas, esteja certo de que, sendo um mestre, você precisa de cuidado e precisão extras (Tiago 3.1). Se você não recebeu treinamento teológico, te encorajo que o faça. Seu ministério será fortificado e enriquecido e durará mais. Eu te encorajo a falar a partir da Bíblia antes de falar a partir de sua própria experiência. Eu te encorajo a amar o que Jesus ama sem destruir o que ele também ama. Eu te encorajo a cavar profundamente todo o conselho de Deus.
Obrigado por nos lembrar de Jesus. Mas tente ser mais cuidadoso quando falar sobre religião. Afinal, há uma religião cujo objetivo é adorar, servir, conhecer, proclamar, crer, obedecer e organizar-se ao redor desse Jesus. E, sem todos esses verbos, não resta muito desse Jesus.