Sobre mudanças, nomes e doidos

Mais uma página sobre teologia?

Faltam-me a mim doidos, para que trouxésseis a este para que fizesse doidices diante de mim? – 1 Samuel 21.15

Aproveitando o (mau) humor do rei Aquis de Gate, é impossível não perguntar: com tantas páginas, blogs, fanpages e comunidades reformadas surgindo na internet, qual a necessidade de mais outra? Não há o suficiente, a ponto de um a mais ser apenas a repetição de velhas doidices?

A verdade é que explicar por que você deveria visitar mais um site reformado poderia soar como propaganda (“essas são as vantagens”). Então, o mínimo que poderíamos fazer – se não dá para diminuir o número de doidos –  era, ao menos, manter a quantidade igual. Pois bem. Vai-se o iPródigo e entra o Reforma21.

E aí surge a questão. O que houve? Eu gostava tanto do nome! Por que mudar? Não é doidice livrar-se de uma marca forte e reconhecida, para recomeçar tudo novamente? E… mudou alguma coisa mesmo? Será que não é jogada de marketing?

Sobre tudo isso, um Prodcast futuro detalhará (aliás, aí está uma coisa que não mudou – o nome do podcast). Queríamos apenas falar sobre a primeira reclamação de quem abriu a página e viu um nome diferente ali em cima.

Nomes são importantes. São tão importantes que as poucas pessoas com quem comentamos sobre o futuro do site reclamaram primeiro (às vezes, apenas) da troca de nome. Já vi gente dizer que nossa sociedade não dá valor a nomes, mas creio que nós ainda os valorizamos. Claro, o mais importante é o conteúdo, mas a designação que damos a ele tem seu valor.

Nomes não mudam por acaso. Mudam quando alguém se casa, quando é preciso uma nova identidade (esteja você no programa de proteção à testemunhas ou fugindo do FBI) ou, biblicamente, quando o Senhor dá uma nova posição, inicia um novo relacionamento ou aliança com alguém. Nomes têm significado.

Nosso novo nome significa uma mudança na direção do que fazemos na internet. Em primeiro lugar, ele indica nossas origens teológicas (a Reforma) e o nosso tempo (o século XXI). Não, ele não é criativo. Mas ele aponta para as nossas raízes históricas. Em segundo, ele se parece menos com “coisa de jovem”. Sim, isso é subjetivo, mas a intenção era ter menos cara de produto e mais cara de missão. Em terceiro, ele explicita uma novidade: uma parceria com a Alliance of Confessing Evangelicals, que, entre outras coisas, produz o site reformation21.org em inglês.¹ Poderíamos dar outras razões, mas, novamente, isso fica para o Prodcast.

Por outro lado, nomes não mudam pessoas. Boa parte do que você já conhecia permanece aqui. Foram 4 anos de muita alegria ao lado de nossos leitores, de muito trabalho por parte dos nossos pobres voluntários e muita coisa aprendida e a aprender. Mas, nossa intenção é que esse tenha sido apenas o começo. Queremos continuar crescendo e ajudando outros a crescerem.

Em tudo isso, a intenção não é que os nomes do iPródigo, ou do Reforma21, ou Daniel, Schulz, Josa etc. sejam divulgados. Nossa oração é que o único Nome digno de ser exaltado seja glorificado, por nós mesmos e por nossos leitores. Pois Jesus recebeu o nome acima de todos os nomes. Somente Ele é Rei. E, felizmente, Ele sim recebe pródigos, pecadores e doidos na sala do trono. Para torná-los novas criaturas.

Que esse novo trabalho seja fruto de gratidão e instrumento útil a Ele

É a nossa oração em nome de Jesus,

Equipe iPródigo Reforma21.

 


¹ Eles não impuseram esse nome, mas nós pedimos para usá-lo. Na verdade, a parceria veio bem depois da nossa decisão de usar o ref21 como marca. (Sobre a parceria, falaremos no futuro).